À noite, misture a sua mente com os raios do luar. Nesses raios, lave as suas tristezas. Sinta a luminosidade mística difundindo-se silenciosamente pelo seu corpo, sobre as árvores e por vastas extensões de terra. De pé, num descampado, com olhos tranquilos, contemple, para além dos limites da paisagem revelada pelo luar, a fímbria tenuemente iluminada do horizonte. Deixe que a sua mente, no ininterrupto bater das asas da meditação, voe para além dos contornos do panorama visível e ultrapasse o horizonte. Deixe que a sua meditação cruze a fronteira do visível em direcção às terras da fantasia.
Estenda a mente, desde os objectos visíveis sob a luz do luar, até às pálidas estrelas e aos céus longínquos que estão além, no silêncio eterno do éter, todos palpitando com vida. Observe os raios da lua difundindo-se não só sobre uma das faces da terra, mas por toda a parte, na eterna região de sua mente espaçosa. Medite até que, sob os serenos raios de luar de sua tranquilidade, você se lance a correr por céus inexplorados e, em divina realização, contemple o universo como luz.
