26 de fev. de 2011

Extracto de "A Crónica de Akakor" de Kark Brugger



...A Crónica de Akakor, a história escrita do meu povo, começa na hora zero, quando os Deuses nos deixaram. Nessa época, Ina, o primeiro príncipe dos Ugha Mongulala, resolveu que tudo quanto acontecesse fosse narrado com boas palavras e numa escrita clara. E assim, A Crónica de Akakor é testemunha perante a História do mais antigo povo do mundo, desde o início, a hora zero, quando os Primitivos Mestres nos deixaram, até ao momento actual, quando os Bárbaros Brancos estão a tentar destruir o nosso povo. Explica o testamento dos Antigos Pais - o seu saber e a sua prudência. E descreve a origem do tempo, quando o meu povo era o único do continente e o Grande Rio ainda corria de um e de outro lado, quando o país era ainda plano e suave como o lombo de um cordeiro. Tudo isto está escrito na crónica, a história do meu povo, desde a partida dos Deuses, a hora zero, que corresponde ao ano de 10.481 a. C. de acordo com o calendário dos Bárbaros Brancos. 




Esta é a história. Esta é a história dos Servidores Escolhidos. No início era o caos. Os homens viviam como animais, sem razão, sem conhecimento, sem leis, e sem trabalhar o solo, sem se vestirem, nem sequer cobrindo a sua nudez. Não conheciam nada dos segredos da natureza. Viviam em grupos de dois e três, como o acaso os juntava, em cavernas ou nas fendas das rochas. Caminhavam com os pés e as mãos até a chegada dos Deuses. Eles trouxeram a luz. Não sabemos quando tudo isto aconteceu. Donde vieram esses seres estranhos é um ténue conhecimento. Um denso mistério envolve a origem dos Primitivos Mestres, que nem sequer o conhecimento dos sacerdotes consegue esclarecer. De acordo com a tradição, a época deve ter sido 3.000 anos antes da hora zero (13.481 a. C., segundo o calendário dos Bárbaros Brancos). De repente, navios brilhantes, dourados, apareceram no céu. Enormes línguas de fogo iluminaram a planície. A terra tremeu e o trovão ecoou sobre as colinas. O homem baixou a cabeça em sinal de veneração, perante as poderosas e estranhas criaturas que vinham tomar posse da Terra. Estes estranhos indivíduos disseram que a sua pátria se chamava Schwerta, um mundo muito distante, na profundeza do universo, onde viviam os seus antepassados e donde eles tinham vindo com a intenção de espalhar conhecimento pelos outros mundos. Os nossos sacerdotes dizem que era um poderoso império constituído por muitos planetas e com inúmeros grãos de pó na estrada. Também dizem que ambos os mundos, o dos Primitivos Mestres e a própria Terra, se encontravam de seis mil em seis mil anos. Então os Deuses voltam. Com a chegada dos estranhos visitantes ao nosso mundo começou a Idade do Ouro. Cento e Trinta famílias dos Antigos Pais vieram para a Terra para libertar o homem da escuridão. E os Deuses reconheceram-nos como seus irmãos. Instalaram as tribos errantes; deram-lhes bons quinhões de todos os comestíveis. Trabalharam diligentemente para ensinar ao homem as suas leis, mesmo quando o seu ensino encontrava oposição. Por todo este labor, e por causa de tudo quanto sofreram pela humanidade e por quanto nos trouxeram e nos esclareceram, nós veneramo-los como os iniciadores da nossa luz. E os nossos artistas mais hábeis reproduziram imagens dos Deuses que testemunham através de toda a eternidade a sua verdadeira grandeza e maravilhoso poder. E assim a imagem dos Primitivos Mestres ficou descrita até aos nossos dias. Aparentemente, esses oriundos de Schwerta não eram diferentes do homem. Tinham uns corpos graciosos e pele branca. O seu rosto nobre era emoldurado por uma cabeleira de um preto azulado. Uma barba espessa cobria-lhes o lábio superior e o queixo. Tal como os homens, os Antigos Pais eram seres vulneráveis, com carne e sangue. Mas o sinal que os distinguia decisivamente dos homens era terem seis dedos nas mãos e nos pés, característica da sua origem divina...


...Grande era o conhecimento dos Primitivos Mestres e grande era a sua sabedoria. A sua visão alcançou as colinas, planícies, florestas, mares e vales. Eram seres milagrosos. Conheciam o futuro. A verdade fora-lhes revelada. Perspicazes, eram capazes de grandes decisões. Ergueram Akanis, Akakor e Akahim. Na verdade, os seus trabalhos eram poderosos, como o eram os métodos que usavam para os criar: a maneira como determinaram os quatro cantos do universo e os seus quatro lados. Os senhores do cosmo, seres do céu e da terra, criaram quatro cantos e quatro lados do universo. Akakor agora está em ruínas. A grande entrada de pedra está destruída. Cipós crescem no Grande Templo do Sol. Por minha ordem, e de acordo com o Supremo Conselho e os sacerdotes, os guerreiros Ugha Mongulala destruíram a nossa capital há três anos. A cidade teria traído a nossa presença perante os Bárbaros Brancos e, assim, nós abandonamos Akakor. O meu povo fugiu para os abrigos subterrâneos. A última dádiva dos Deuses. Temos treze cidades, profundamente ocultas nas montanhas que se chamam Andes. O seu plano corresponde à constelação de Schwerta, a pátria dos Antigos Pais. A Baixa Akakor fica no centro. A cidade fica assentada numa caverna gigantesca feita pelo homem. As casas, ordenadas em círculo e contornadas por uma muralha decorativa, têm no centro o Grande Templo do Sol. Tal como na parte superior de Akakor, a cidade está dividida por duas ruas em cruz, que correspondem aos quatro cantos e aos quatro lados do universo. Todas as estradas lhes são paralelas. O maior edifício é o Grande Templo do Sol, com torres que sobem além dos edifícios onde estão instalados os sacerdotes e os seus criados, do palácio do príncipe, das instalações dos guerreiros e das mais modestas casas do povo. No interior do templo há doze entradas para os túneis que ligam a Baixa Akakor com outras cidades subterrâneas. Têm paredes inclinadas e um teto liso. Os túneis são suficientemente largos para comportar cinco homens lado a lado. Qualquer das outras cidades fica a grande distância de Akakor. Doze das cidades - Akakor, Budo, Kish, Boda, Gudi, Tanum, Sanga, Rino, Kos, Amam, Tata e Sikon - são iluminadas artificialmente. A luz altera-se de acordo com o brilho do Sol. Só Mu, a décima terceira e a menor das cidades, tem altas colunas, que atingem a superfície. Um enorme espelho de prata espalha a luz do Sol sobre toda a cidade. Todas as cidades subterrâneas são cruzadas por canais que trazem água das montanhas. Pequenos afluentes fornecem edifícios individuais e casas. As entradas na superfície estão cuidadosamente disfarçadas. Em caso de emergência, os subterrâneos podem ser desligados do mundo exterior por grandes rochas móveis que servem de portões. Nada sabemos da construção da Baixa Akakor. A sua história perdeu-se na escuridão do mais remoto passado. 
 
Mesmo os soldados alemães que viveram com o meu povo não conseguiram esclarecer este mistério. Durante anos mediram os subterrâneos dos Deuses, exploraram o sistema de túneis e procuraram o sistema de respiro, mas sem terem o mínimo êxito. Os nossos Primitivos Mestres construíram as habitações subterrâneas de acordo com os seus próprios planos e leis, que nos são desconhecidos. Daqui governavam o seu vasto império, um império de 362.000.000 de indivíduos, tal como se afirma na Crónica de Akakor. E os Deuses governaram Akakor. Governaram sobre os homens e sobre a Terra. Tinham navios mais rápidos que o vôo das aves, navios que atingiam os pontos a que se destinavam sem velas nem remos, tanto de dia como de noite. Tinham pedras mágicas por onde viam a distância, de modo que podiam ver cidades, rios, colinas, e lagos. Tudo quanto acontecia na Terra e no Céu se refletiam nessas pedras. Mas as habitações subterrâneas eram as mais maravilhosas. E os Deuses deram-nas aos seus Servos Escolhidos como última dádiva. Para os Primitivos Mestres são do mesmo sangue e têm o mesmo pai. Durante milhares de anos, as habitações subterrâneas protegeram os Ugha Mongulala dos seus inimigos e suportaram duas catástrofes. Os ataques das tribos selvagens não tinham êxito contra os seus portões. No interior, os últimos homens da minha raça esperam a vinda dos Bárbaros Brancos, que avançam pelo Grande Rio, num número infinito, tal como formigas. Os nossos sacerdotes profetizaram que em última análise descobrirão Akakor e que nela encontrarão a sua própria imagem. Então o circulo fechar-se-á...


link para leitura / download de A Crónica de Akakor:


link para documentários sobre Akakor:

As Grandes Pirâmides Brasileiras (Akakor & Paititi) 

Mistério na Amazônia, sinais e gigantescas formas geométricas aparecem na floresta

AKAKOR : Tiwanaku 2004, Intervista della CNN




Rastros químicos (chemtrails) ao amanhecer de hoje, 26/02/11

24 de fev. de 2011

O Simbolismo na pintura e na poesia

O simbolismo foi um movimento da pintura europeia nas últimas décadas do Séc. XIX e possui uma estreita ligação com o movimento poético simbolista. Rejeitava as formas naturalistas e realistas e o conceito de que a arte poderia apenas ser  produzida através de imagens não abstractas que representassem com fidelidade o mundo real. O simbolismo nas artes plásticas, tal como na poesia, apresentava um forte misticismo e inúmeras referências ao oculto, e pretendia aproximar o mundo material do mundo espiritual. Os pintores deveriam expressar, através de imagens, esses temas e essa visão de mundo; usavam basicamente cores e linhas, que eram entendidos como elementos extremamente expressivos que por si só poderiam representar ideias. Confiavam mais na simples sugestão de algo do que na sua forma explícita. A inspiração temática simbolista provinha das poesias do movimento, para além de temas como a morte, a doença, o erotismo, os sonhos ou até a mesmo a perversidade.






A Serpente que Dança, Baudelaire

Em teu corpo, lânguida amante,
Me apraz contemplar,
Como um tecido vacilante,
A pele a faiscar.

Em tua fluida cabeleira
De ácidos perfumes,
Onda olorosa e aventureira
De azulados gumes,

Como um navio que amanhece
Mal desponta o vento,
Minha alma em sonho se oferece
Rumo ao firmamento.

Teus olhos, que jamais traduzem
Rancor ou doçura,
São jóias frias onde luzem
O ouro e a gema impura.

Ao ver-te a cadência indolente,
Bela de exaustão,
Dir-se-á que dança uma serpente
No alto de um bastão.

Ébria de preguiça infinita,
A fronte de infanta
Se inclina vagarosa e imita
A de uma elefanta.

E teu corpo pende e se aguça
Como escuna esguia,
Que às praias toca e se debruça
Sobre a espuma fria.

Qual uma inflada vaga oriunda
Dos gelos frementes,
Quando a água em tua boca inunda
A arcada dos dentes,

Bebo de um vinho que me infunde
Amargura e calma,
Um líquido céu que difunde
Astros em minha alma!






O Gato, Baudelaire
 I
Dentro em meu cérebro vai e vem
Como se a sua casa fosse
Um belo gato, forte e doce.
Quando ele mia, mal a quem

Lhe ouça o fugaz timbre discreto;
Seja serena ou iracunda,
Soa-lhe a voz rica e profunda.
Eis seu encanto mais secreto.

Essa voz que se infiltra e afina
Em meu recesso mais umbroso
Me enche qual verso numeroso
E como um filtro me ilumina.

Os piores males ele embala
E os êxtases todos oferta;
Para enunciar a frase certa,
Não é com palavras que fala.

Não, não existe arco que morda
Meu coração, nobre instrumento,
Ou faça com tal sentimento
Vibrar-lhe a mais sensível corda

Que a tua voz, ó misterioso
Gato de místico veludo,
Em que, como um anjo, tudo
É tão sutil quanto gracioso!

II
De seu pêlo louro e tostado
Um perfume tão doce flui
Que uma noite, ao mima-lo, fui
Por seu aroma embalsamado.

É a alma familiar da morada;
Ele julga, inspira, demarca
Tudo o que seu império abarca;
Será um deus, será uma fada?

Se neste gato que me é caro,
Como por ímãs atraídos,
Os olhos ponho comovidos
E ali comigo me deparo,

Vejo aturdido a luz que lhe arde
Nas pálidas pupilas ralas,
Claros faróis, vivas opalas,
Que me contemplam sem alarde.

 





O Relógio, Baudelaire

Relógio! Deus sinistro, hediondo, indiferente,
Que nos aponta o dedo em riste e diz: “Recorda!
A Dor vibrante que a lama em pânico te acorda
Como num alvo há de encravar-se brevemente;

Vaporoso, o Prazer fugirá no horizonte
Como uma sílfide por trás dos bastidores;
Cada instante devora os melhores sabores
Que todo homem degusta antes que a morte o afronte.

Três mil seiscentas vezes por hora, o Segundo
Te murmura: Recorda! - E logo, sem demora,
Com voz de inseto, a Agora diz: Eu sou o Outrora,
E te suguei a vida com meu bulbo imundo!

Remenber! Souviens-toi! Esto memor!(Eu falo
Qualquer idioma em minha goela de metal.)
Cada minuto é como uma ganga, ó mortal,
E há que extrair todo o ouro até purificá-lo!

Recorda: O Tempo é sempre um jogador atento
Que ganha, sem furtar, cada jogada! Ë a lei.
O dia vai, a noite vem; recordar-te-ei!
Esgota-se a clepsidra; o abismo está sedento.

Virá a hora em que o Acaso, onde quer que te aguarde,
Em que a augusta Virtude, esposa ainda intocada,
E até mesmo o Remorso(oh, a última pousada!)
Te dirão: Vais morrer, velho medroso! É tarde!”








Os Mochos, Baudelaire

Sob os negros teixos que habitam,
Alinham-se os mochos em fila.
Como a dos deuses, a pupila
Lhes arde em fogo. Eles meditam.
 
E imóveis permanecerão
Até o momento agonizante
Em que, tangendo o sol rasante,
As trevas tudo engolfarão.
 
Sua atitude aos sábios ensina
Que aqui lhe cabe como sina
Temer o caos e o movimento;
 
Bêbado de uma sombra fútil,
O homem maldiz o atrevimento
De haver ousado um passo inútil.








Luar, Verlaine
A vossa alma é uma paisagem escolhida
Que encantando vão máscaras e bergamascas,
Tocando alaúde e dançando, e quase
Triste nos seus disfarces extravagantes.

Cantando em modo menor

O amor triunfante e a vida oportuna,
Não têm ar de acreditar na sua felicidade
E a sua cantiga mistura-se com o luar,

Com o calmo luar triste e belo,

Que faz sonhar as aves nas árvores
E soluçar de êxtase os repuxos,
Os grandes repuxos esbeltos entre os mármores.







Tumulo de Edgar Poe, Mallarmé

Tal que em si mesmo enfim a eternidade o muda,
O poeta suscita com uma espada desnuda
Seu século assustado de não ter percebido
Que a noite triunfava em sua voz estranha!

Como um vil sobressalto de hidra ouvindo o anjo
Dar sentido mais puro às palavras da tribo,
Proclamaram bem alto o sortilégio aurido
No fluxo degradado de uma negra mistura.

Do solo hostil e a nuvem hostil, ah quanta afronta!
Se nossa ideia falha em esculpir um relevo
De que o túmulo de Poe, deslumbrante, se orne,

Calmo bloco caído aqui de um desastre obscuro,
Que esse granito oculte ao menos seu contorno
Aos negros vôos da Blasfêmia esparsos no futuro.








Brisa Marinha, Mallarmé

A carne é triste, sim, e eu li todos os livros.

Fugir! Fugir! Sinto que os pássaros são livres,

Ébrios de se entregar à espuma e aos céus imensos.

Nada, nem os jardins dentro do olhar suspensos,

Impede o coração de submergir no mar

  Ò noites! Nem a luz deserta a iluminar

Este papel vazio com seu branco anseio,

Nem a jovem mulher que preme o filho ao seio.

Eu partirei! Vapor a balouçar nas vagas,

Ergue âncora em prol das mais estranhas plagas!


Um Tédio, desolado por cruéis silêncios,

Ainda crê no derradeiro adeus dos lenços!

E é possível que os mastros, entre as ondas más,

Rompam-se ao vento sobre os náufragos, sem mas-

Tros, sem mastros, nem ilhas férteis, a vogar...

Mas, ó meu peito, ouve a canção que vem do mar!








Eternidade, Rimbaud

Ela foi encontrada!
Quem? A eternidade.
É o mar misturado
Ao sol.

Minha alma imortal,

Cumpre a tua jura
Seja o sol estival
Ou a noite pura.

Pois tu me liberas

Das humanas quimeras,
Dos anseios vãos!
Tu voas então...

- Jamais a esperança.

Sem movimento.
Ciência e paciência,
O suplício é lento.

Que venha a manhã,

Com brasas de satã,
O dever
É vosso ardor.

Ela foi encontrada!

Quem? A eternidade.
É o mar misturado
Ao sol.



B-52's - Mesopotamia




Mesopotamia

Turn your watch, turn your watch back,
about a hundred thousand years.
A hundred thousand years.

I'll meet you by the third pyramid
I'll meet you by the third pyramid
Ah come on, that's what I want, we'll meet
in Mesopotamia.

(We're goin' down to meet) I ain't no student,
(Feel those vibrations) of ancient culture
(I know a neat excavation) Before I talk
I should read a book.
But there's one thing I do know,
There's a lot of ruins in Mesopotamia.

Six or eight thousand years ago
They laid down the law. 
Six or eight thousand years ago
They laid down the law.

I'll meet you by the third pyramid
I'll meet you by the third pyramid
Ah come on, that's what I want, we'll meet
in Mesopotamia.

(We're goin' down to meet) Now I ain't no student,
(Feel those vibrations) of ancient culture
(I know a neat excavation) Before I talk
I should read a book. (Mesopotamia, that's where I wanna go)
But there's one thing that I do know, (Mesopotamia, that's where I wanna go)
There's a lot of ruins in Mesopotamia.



22 de fev. de 2011

Protesto online contra a violência na Líbia

Na Líbia, assiste-se agora à repressão armada por parte do regime de Gaddafi em relação às pessoas que protestam contra a sua permanência no poder e a favor da democracia; Gaddafi encontra-se no poder há 42 anos, é actualmente o ditador mais antigo do continente africano... Já se registaram mais de 200 mortos no decorrer destes últimos dias; o Conselho de Segurança das Nações Unidas vai levar a cabo uma reunião de emergência para discutir a situação na Libia. A organização humanitária Avazz está a realizar um abaixo assinado online a solicitar às Nações Unidas para que tomem medidas de modo a proteger o povo líbio. Na Líbia não é permitida a entrada de jornalistas estrangeiros, o governo mandou desligar a internet e cortou também todas as comunicações móveis.







20 de fev. de 2011

Fragmento de a Atlântida, de Platão






...A deusa, que amava a guerra e a sabedoria escolheu aqueles que seriam semelhantes a ela mesma; e ali vocês se estabeleceram com suas leis, que ainda são as melhores, e excedem toda a raça humana nesta virtude e eram os filhos e os discípulos dos deuses. Grandes e maravilhosos feitos de seu Estado foram registrados em nossa história mas um deles supera a todos em grandeza e valor. Foi quando uma força muito poderosa e agressiva levantou-se contra a Europa e Ásia mas sua cidade pôs um fim ao terror.
Esta força veio do oceano Atlântico, naqueles dias em que o Atlântico era navegável; e existia uma ilha situada em frente ao estreito [estreito de Gibraltar] que vocês denominam Colunas de Hércules. A ilha era maior que a Líbia e a Ásia juntas e era o caminho para outras ilhas através das quais era possível atravessar e chegar ao outro lado do continente que era cercado pelo verdadeiro oceano [passando do Mediterrâneo ao Atlântico]. O mar interior do estreito de Hércules (Gibraltar) era apenas um porto com uma entrada estreita; do outro lado, era o verdadeiro mar e a terra, ali, podia verdadeiramente ser chamada de “continente”.
Então, na ilha de Atlantis existiu um grande e maravilhoso império, que tinha leis vigentes em toda a “ilha-continente” e em muitas outras além de partes da Líbia, “dentro” das colunas de Hércules tão distantes do Egito e da Europa quanto do Tirreno [parte ocidental do mar Mediterrâneo]. O vasto poder [de Atlantis] empenhou-se, então, em subjugar de um só golpe nosso país e os seus [as cidades-estado gregas] e toda a terra nos limites do estreito; e então, Sólon, seu país [Atenas] brilhou à frente de todos, na excelência de sua virtude e força, por sua bravura e perícia militar; [Atenas] liderou os helenos; e quando não havia esperança de trégua, quando compelida a estar sozinha, submetida a um grande perigo, Atenas derrotou e triunfou sobre os invasores e manteve à salvo da escravidão aqueles que ainda não tinham sido subjugados e libertou todos os outros que habitavam os limites de Hércules [area do mediterrâneo, estreito de Gibraltar]. Posteriormente aconteceram terremotos violentos e inundações e em apenas um dia e uma noite de tempestades Atlântida e todo o seu povo foram tragados pelo oceano. Esta é a razão pela qual naquela parte, o mar é inavegável, intransponível, porque está saturado de lama.
E eu gostaria de invocar Mnemosine (Memória) porque parte significativa do que tenho para contar depende do favor da deusa das recordações, para que possa recontar tudo o que disseram os sacerdotes e que Sólon trouxe consigo. Deixem-me começar observando que, os nove mil anos que mencionei são um resumo dos anos que tinham se passado desde o começo da guerra entre os que habitavam para além das coluna de Hércules e aqueles que habitavam “dentro” do estreito. De um lado os combatentes da cidade de Atenas e seus aliados; do outro, os reis da Ilhas de Atlantis, que outrora tinham sob seu poder um território maior que a Líbia e a Ásia; território que desapareceu entre tremores de terra e maremotos que tornaram o Atlântico praticamente inacessível. A história se desenrola e entram em cena numerosas tribos bárbaras e Helenos que existiam então. Mas devo ainda descrever os Atenienses tal como eram naqueles dias e seus inimigos e ainda o poder e a forma de governo de cada um. Comecemos pelos atenienses…
Muitos grandes dilúvios aconteceram durante aqueles nove mil anos… Os deuses repartiram entre si toda a Terra em diferentes porções. Ergueram templos, fizeram sacrifícios. Poseidon recebeu a ilha de Atlantis; o deus tinha filhos com uma mortal e instalou, mulher e filhos, em uma parte da ilha; na costa, voltada para o oceano, existia uma planície muito fértil. Próximo, no centro da ilha, havia uma montanha não muito alta. Nesta montanha habitavam os primeiros mortais deste país: um casal, ele chamado Evanor e ela Leucipa. Tinham uma única filha, Cleito.
Quando a donzela se tornou mulher, seus pais morreram e foi por ela que Poseidon se apaixonou e teve filhos com ela. Ela morava na montanha da planície, que foi cercada de canais circulares e concêntricos, alternando faixas de terra e água. Havia três faixas de água e duas de terra… [Os filhos]… eram cinco pares de gêmeos varões. Atlantis foi dividida em dez regiões: o mais velho do primeiro par, chamado Atlas, ficou com a ilha-colina onde morava sua mãe, que era um lugar magnífico e nomeado de Atlantic [Atlântica ou Atlântida]; e Atlas ficou sendo o rei de todo império. Os outros irmãos foram feitos príncipes por Poseidon. Eles governariam todos os homens. O gêmeo de Atlas, Gades ou Gaderius, ficou com terras interiores das colunas de Hércules.
O segundo par de gêmeos eram Ampheres e Evaernon; o terceiro, Mneseus e Autochthon [Autóctone]; o quarto par de gêmeos, Elasipo e Mestor; e o quinto, Azaes e Diaprepes. Todos estes e seus descendentes foram governantes de numerosas ilhas em mar aberto e também já foi dito que eles migraram para lugares distantes das colunas de Hércules, muito além do Tirreno e do Egito.
Atlas tinha, então, uma família numerosa e honrada e seus descendentes mantiveram o reino por muitas gerações e detinham muitas riquezas, tantas quantas jamais foram possuídas por outros reis e potentados. Muitas especiarias eram trazidas de países estrangeiros mas a ilha era auto-suficiente e fornecia tudo que era necessário a uma vida confortável. O subsolo possuía minerais e um precioso metal do qual hoje só resta o nome: orichalcum.
Também havia florestas abundantes de onde se extraía a madeira e campos que alimentavam pessoas e animais domésticos e selvagens. Havia um grande número de elefantes na ilha Atlântica e outros variados tipos de animais, de lagos e montanhas, rios e planícies. [Os atlânticos possuíam também deliciosas] … fragrâncias, perfumes, extraídos de raízes, ervas, flores e frutas. Havia pomares ... e templos, palácios, portos, docas.
[Ainda na ilha]… os palácios no interior da cidadela eram construídos com um templo, dedicado a Cleito e Poseidon no centro, extremamente inacessível e rodeado de ouro; foi o lugar onde nasceram os dez príncipes e onde eram realizados rituais anuais… Todo o exterior do templo era coberto de prata, e os pináculos [torres] de ouro. O interior do templo era de mármore decorado com ouro, prata e orichalcum… estátuas de ouro, como a do próprio deus [Poseidon] em sua carruagem de seis cavalos alados, cercado de Nereidas e golfinhos… Do lado de fora, rodeando o templo, havia vinte estátuas de ouro, representando os príncipes e suas mulheres… Havia fontes de água quente e fria… Havia muitos templos dedicados a muitos deuses… jardins e lugares para o lazer. Alguns somente para os homens… [e havia haras, pistas para cavalos]… As docas estavam sempre repletas de naus trirremes e armazéns por onde circulavam mercadores de todo o mundo…


18 de fev. de 2011

António Variações - Visões Ficções





Visões Ficções

Já vejo o mar a crescer
Onda gigante a varrer
Só vejo corpos a boiar

Vejo a cidade a ruir

E o chão que se está a abrir
Só oiço gente a gritar

Ai, que eu estou a delirar

O que é que eu estou a inventar?
Não vos quis impressionar
São tudo fantasias que o cinema projectou no meu olhar
São as velhas profecias que o vidente deixou escrito para assustar

Já vejo a vida a fugir

Da força de resistir
Já não consegue respirar

Do céu eu vejo descer

O fim em cargas a arder
Já ouço a terra estoirar

Ai, que eu estou a delirar

O que é que eu estou a inventar?
Não vos quis impressionar
São tudo fantasias que o cinema projectou no meu olhar
São as velhas profecias que o vidente deixou escrito para assustar

Ai, que eu estou a delirar

O que é que eu estou a inventar?
Não vos quis impressionar
São tudo fantasias que o cinema projectou no meu olhar
São as velhas profecias que o vidente deixou escrito para assustar

Não vos quis impressionar

Não vos quis impressionar
Impressionar...
Impressionar...



Causas hipotéticas para as recentes mortes em massa de animais


Muito se tem especulado na net (claro, porque os restantes meios de comunicação já abandonaram o assunto) sobre alterações climáticas e mortes em massa de animais. Assiste-se a uma certa guerra entre correntes opostas - cientístas e ambientalistas racionais de um lado e do outro profetas apocalípticos e adeptos do paranormal. Aqui vai um pequeno resumo cronológico dos principais eventos registados:



13/12/10 - Centenas de peixes mortos, na sua maioria da espécie barramundi, dão à costa na Austrália; crê-se que a causa possa estar nas cheias que assolaram a região.

22/12/10 – Cerca de cem pelicanos foram encontrados mortos nas praias da ilha Topsai, na Carolina do Sul; apresentavam ferimentos e escoriações, mas as autoridades afastam a hipótese de intervenção humana.

23/12/10 – Centenas de criaturas marinhas mortas,  entre elas estrelas-do-mar, medusas e outras dão à costa numa praia da Carolina do Sul; o motivo estará supostamente ligado ao tempo frio.

27/12/10 – No Haiti um número anormal de peixes mortos foi encontrado nas águas e ao largo das margens do Lago Azuei.

28/12/10 – Cerca de setenta morcegos foram encontrados mortos em Tucson, Arizona. Autoridades locais ainda não apuraram as causas, mas apontam para as temperaturas invulgarmente elevadas para a época. Os morcegos são de uma espécie mexicana, e deveriam ter feito a viagem de migração de volta para o México dois meses antes.

01/01/11 - Mais de mil tordos-sargento caíram dos céus na cidade de Beebe, no estado do Arkansas, EUA, na noite de ano novo. As autoridades ainda não apuraram a causa do fenómeno.

02/01/11 - Nas Filipinas, milhares de peixes apareceram mortos nas praias de Lapu; alguns habitantes locais decidiram recolher os peixes e cozinhá-los e como resultado disso, várias pessoas adoeceram poucas horas após o consumo.

03/01/11 – O Departamento de Ambiente de Maryland nos EUA reportou a morte de cerca de trezentos peixes ao largo da Baía de Chesapeake, e indicou o frio extremo como causa provável para estas mortes.

03/01/11 – Dezenas de melros aparecem mortos num quintal em Kentucky, EUA; autoridades culpam o tempo frio por estas mortes.

03/01/11 - Mais de cem mil peixes apareceram mortos numa extensão de cerca de trinta e dois km ao longo do Rio Arkansas, perto de Ozark. O porta-voz da comissão de caça e pesca do Arkansas disse à CNN que acredita que os peixes morreram de doença e afirma que mortes de cardumes ocorrem sazonalmente, apesar de este número ser mais elevado que o habitual.

04/01/11 - Centenas de peixes foram encontrados mortos no Rio St. Clair, no Canadá. Autoridades apontam para causas naturais e não como resultado da descargas de poluentes. Descida brusca de temperaturas poderá estar na origem desta ocorrência.

04/01/11 - Na Nova Zelândia, centenas de lucianos foram encontrados mortos numa praia da Península de Coromandel. O Departamento de Conservação concluiu que os peixes estavam a morrer de fome, devido ao mau tempo que se faz sentir no país, causado pelo fenómeno La Niña. A 23 de Dezembro, este mesmo organismo alertava para o perigo que corriam milhares de pinguins e outras aves marinhas na costa neo-zelandesa, que não estavam a conseguir alimentar-se nem alimentar as suas crias , devido à escassez de peixe originada pelas alterações nos padrões climáticos.

04/01/11 - Meia tonelada de polvos mortos foram recolhidos das praias de Vila Nova de Gaia, Portugal. O director do Parque Biológico de Gaia comentou: “A primeira ideia que me surgiu é que podia ser algum barco que tinha uma carga de polvo fora de prazo e que a deitou ao mar. Mas essa hipótese não se confirma porque o polvo era fresco e tinha alimentação recente, e as barras estão fechadas. O mar está agitadíssimo e se tivesse sido devido a poluição, esta rapidamente se dissipava. Teria de ser muito forte para causar mortalidade, e se causasse seria ao polvo e às outras espécies, o que não foi o caso."

05/01/11 - Autoridades suecas encontraram entre cinquenta a cem pássaros mortos perto de Gotemburgo, na Suécia. As aves, uma espécie da família dos corvos, estavam caídas sobre uma estrada junto a Falköping (sudoeste da Suécia) ao longo de dezenas de metros. O porta-voz dos serviços locais de protecção civil disse a uma agência noticiosa que ainda não havia explicação para as mortes, e que será feita uma autópsia aos animais. 

06/01/11 - Mais de quarenta mil caranguejos mortos deram à costa em Thanet, na Inglaterra. Em diversas praias do distrito de Kent, foram também encontradas mortas anémonas, lagostas e estrelas-do-mar. Especialistas em vida animal afirmam que os caranguejos terão morrido de hipotermia, uma vez que o último mês de Dezembro foi o mais frio dos últimos cem anos.

06/01/11 - Pelo menos cem toneladas de peixes mortos apareceram junto à costa, no Estado do Paraná, no Sul do Brasil. O motivo do fenómeno é ainda um mistério. A maioria das espécies são sardinhas e peixe-gato, mas existem mais. Cerca de três mil  pescadores foram forçados a parar e o consumo de peixe e marisco da zona foi desaconselhado. As autoridades de saúde apontam várias causas possíveis - um derrame de óleo de um navio, ocorrido em Dezembro, um desequilíbrio ambiental causado pelo excesso de chuva ou até mesmo uma descarga de um pesqueiro.

07/01/11 - Centenas de pombos apareceram mortos nas proximidades da cidade de Faenza, na região de Emilia-Romaña, no Norte da Itália, por razões ainda desconhecidas. Especialistas investigam o que pode ter provocado as mortes. "Pode ser devido à contaminação por alguma fábrica, uma doença aviária ou de outro tipo ou, inclusive, a envenenamento", afirmou a um jornal Massimo Bolognesi, da organização ambiental WWF.

08/01/11 – Cerca de uma centena de estorninhos foram encontrados mortos junto à auto-estrada 101, na Califórnia, EUA; supõe-se que terão colidido com um camião.

08/01/11 – Várias dezenas de estorninhos apareceram mortos na Roménia; veterinários dizem que os pássaros estavam alcoolizados… (?)

11/01/11 – Milhares de arenques foram encontrados mortos no Lago Michigan em Chicago, EUA. Especialistas apontam para os valores baixos de oxigénio do lago como causa provável das mortes, devido ao congelamento de parte das suas águas.

12/01/11 – Cerca de duas toneladas de peixes aparecem mortos em Catarroja, Valência, Espanha. Pensa-se que o motivo das mortes poderá estar nos níveis baixos de oxigénio das águas, por causa da construção de uma barragem na area.

14/01/11 – Mais de trezentos pássaros mortos foram encontrados na berma de uma auto-estrada no Alabama. São na sua maioria gralhas, e são a última baixa a juntar às mortes de pássaros que têm sido reportadas nos EUA.

17/01/11 - Os números de búfalos e vacas mortos no Vietname ascendem aos sete mil, no total de todas as suas províncias. A causa para as mortes está no tempo anormalmente frio que se faz sentir.
 
18/01/11 - Duzentas vacas apareceram mortas numa quinta do Wisconsin, nos EUA. O veterinário local suspeitou incialmente de um virus bovino, mas investigações mais recentes sugerem um tipo de pneumonia como a causa mais provável para as mortes.

20/01/11 - Pelo menos vinte focas e centenas de peixes e animais marinhos, como ouriços, medusas e estrelas-do-mar foram encontrados mortos nas margens de Boat Harbour, na Terra Nova.

30/01/11 - Ainda são desconhecidas as causas da morte de milhares de peixes no Rio Negro, na região do Pantanal do Mato Grosso do Sul, Brasil. No local podem ser encontrados mortos todas as espécies de peixes existentes no Pantanal - pintado, cachara, dourado, piranha, tuvira, sardinha e inclusive arraias  e pacú, que deveriam ser os últimos a morrer, devido ao seu hábito de circular em águas mais profundas.

05/02/11 - Centenas de estorninhos são encontrados mortos numa das principais ruas da cidade de Rotorua, na Nova Zelândia; as autoridades estão a investigar as causas do fenómeno.

11/02/11 - Centenas de andorinhas caíram mortas na cidade de Lake Charles, no Louisiana, EUA. O Departamento para a Vida Selvagem do Louisiana está recolher as aves e a proceder a necropsias, e deverá divulgar os resultados dentro de uma semana.

18/02/11 - Milhares de patos e gansos são encontrados mortos ao longo do Rio Maumee e no Lago Erie, em Toledo, nos EUA. As primeiras investigações afastam a hipótese de gripe das aves, mas ainda não apuraram ao certo o que tem causado as mortes.



As explicações que têm vindo a ser-nos fornecidas pelos "media" mais parecem um Prozac para acalmar os nossos medos - fogos de artifício, virus, pneumonia, e a minha favorita, alcoól (Roménia, terra de vampiros que bebem sangue e pássaros que bebem vinho!). Alguns ambientalistas afirmam que as mortes em massa são algo que ocorre esporádicamente e que não existem motivos para alarmismos, e apontam para as condições ambientais anormais, como o frio extremo, cheias, temporais, ou fenómenos como o La Niña como os catalisadores para estas mortes. Místicos vêm aqui um sinal do fim dos tempos, como havia sido profetizado por S. João, no Livro da Revelação do Novo Testamento. Custa-me a crer que alguém há dois milénios atrás tenha visionado com tanta precisão os eventos dos nossos dias... Por outro lado, causas naturais como o frio ou as doenças não podem explicar todas as ocorrências - principalmente devido ao aspecto selectivo das mortes - porquê só as pombas, ou só os estorninhos, ou só os lucianos? Alguns investigadores têm trazido a lume explicações interessantes, relacionadas com projectos envolvendo a manipulação do clima, nomeadamente o Projecto HAARP; HAARP é a sigla para  Programa de Pesquisa Auroral Activo de Alta Frequência, e trata-se de um projecto do governo dos EUA que pretende estudar as altas camadas da atmosfera,  nomeadamente a ionosfera, com o objectivo de melhorar as telecomunicações e compreender as mudanças climáticas. Consiste num vasto complexo de antenas situado no Alaska , que emitem ondas de rádio concentradas para alguns pontos da ionosfera (camada eletrificada da atmosfera que fica a cerca de setenta km de altitude). Muitos pesquisadores têm vindo a apontar este projecto como uma arma geofísica ao serviço dos EUA, uma vez que em teoria algumas das suas aplicações incluem o controle sobre as placas tectónicas, sobre a temperatura atmosférica e sobre o nível de radiação de atravessa a camada de ozono.




links para documentários sobre o Projecto HAARP:


Outra explicação possível para o fenómeno está na rápida alteração dos polos magnéticos. O norte magnético está a mover-se a uma velocidade de cerca de sessenta km por ano; situava-se no Canadá, mas actualmente encontra-se algures na Sibéria.  Esta alteração tem acarretado complicações, nomeadamente para aviação civil.  As bússolas apontam agora para direcções ligeiramente diferentes, alterando a leitura dos instrumentos que dependem das suas medidas. Apesar dos aviões comerciais disporem de GPS, que não dependem da posição exacta do pólo magnético, os padrões aeronáuticos ainda se baseiam nas medidas das bússolas convencionais. No início de Janeiro foi encerrado um aeroporto  em Tampa, nos EUA, de maneira a poderem  corrigir as marcas na sua principal pista de aterragem, para que as indicações de direcção de aterragem permanecessem compatíveis com o que é ditado pelas bússolas. A mudança dos polos magnéticos e a alteração dos campos magnéticos terrestres poderá estar a afectar os sistemas internos de navegação de aves e peixes, principalmente no decorrer das suas migrações, trazendo como consequências a desorientação ou uma interpretação incorreta dos sinais que indicarão a melhor altura para iniciar a migração para Sul. 






Outra hipótese que faz bastante sentido encontra-se relacionada com o recente comportamento do Sol, o mais activo do ciclo solar 24 até à data; com a reativação de manchas que estavam mais adormecidas, nomeadamente na zona 1158 (esta zona registou uma recente explosão de raios x, apenas há dois dias atrás, e que deve atingir a Terra amanhã); já no dia 28 de Dezembro foi registada uma tempestade electro-magnética devido a uma fissura que se abriu na magnetosfera, e que permitiu que o vento solar penetrasse nas camadas superiores da atmosfera. O mês de Janeiro foi muito activo; registaram-se apagões em diversos locais dos EUA e no Brasil, no início deste mês, possivelmente devido à grande ejecção de massa coronal que se verificou no dia 31 de Janeiro. Anomalias nos campos electromagnéticos terrestres poderão estar a causar a desorientação dos animais; a isto acrescentemos as condições climáticas anormais (vaga de frio em algumas regiões e fenómenos como o La Niña noutros locais). Especialistas prevêm que o máximo de actividade solar do ciclo 24 deverá ocorrer por volta de Março de 2013.