26 de fev. de 2011

Extracto de "A Crónica de Akakor" de Kark Brugger



...A Crónica de Akakor, a história escrita do meu povo, começa na hora zero, quando os Deuses nos deixaram. Nessa época, Ina, o primeiro príncipe dos Ugha Mongulala, resolveu que tudo quanto acontecesse fosse narrado com boas palavras e numa escrita clara. E assim, A Crónica de Akakor é testemunha perante a História do mais antigo povo do mundo, desde o início, a hora zero, quando os Primitivos Mestres nos deixaram, até ao momento actual, quando os Bárbaros Brancos estão a tentar destruir o nosso povo. Explica o testamento dos Antigos Pais - o seu saber e a sua prudência. E descreve a origem do tempo, quando o meu povo era o único do continente e o Grande Rio ainda corria de um e de outro lado, quando o país era ainda plano e suave como o lombo de um cordeiro. Tudo isto está escrito na crónica, a história do meu povo, desde a partida dos Deuses, a hora zero, que corresponde ao ano de 10.481 a. C. de acordo com o calendário dos Bárbaros Brancos. 




Esta é a história. Esta é a história dos Servidores Escolhidos. No início era o caos. Os homens viviam como animais, sem razão, sem conhecimento, sem leis, e sem trabalhar o solo, sem se vestirem, nem sequer cobrindo a sua nudez. Não conheciam nada dos segredos da natureza. Viviam em grupos de dois e três, como o acaso os juntava, em cavernas ou nas fendas das rochas. Caminhavam com os pés e as mãos até a chegada dos Deuses. Eles trouxeram a luz. Não sabemos quando tudo isto aconteceu. Donde vieram esses seres estranhos é um ténue conhecimento. Um denso mistério envolve a origem dos Primitivos Mestres, que nem sequer o conhecimento dos sacerdotes consegue esclarecer. De acordo com a tradição, a época deve ter sido 3.000 anos antes da hora zero (13.481 a. C., segundo o calendário dos Bárbaros Brancos). De repente, navios brilhantes, dourados, apareceram no céu. Enormes línguas de fogo iluminaram a planície. A terra tremeu e o trovão ecoou sobre as colinas. O homem baixou a cabeça em sinal de veneração, perante as poderosas e estranhas criaturas que vinham tomar posse da Terra. Estes estranhos indivíduos disseram que a sua pátria se chamava Schwerta, um mundo muito distante, na profundeza do universo, onde viviam os seus antepassados e donde eles tinham vindo com a intenção de espalhar conhecimento pelos outros mundos. Os nossos sacerdotes dizem que era um poderoso império constituído por muitos planetas e com inúmeros grãos de pó na estrada. Também dizem que ambos os mundos, o dos Primitivos Mestres e a própria Terra, se encontravam de seis mil em seis mil anos. Então os Deuses voltam. Com a chegada dos estranhos visitantes ao nosso mundo começou a Idade do Ouro. Cento e Trinta famílias dos Antigos Pais vieram para a Terra para libertar o homem da escuridão. E os Deuses reconheceram-nos como seus irmãos. Instalaram as tribos errantes; deram-lhes bons quinhões de todos os comestíveis. Trabalharam diligentemente para ensinar ao homem as suas leis, mesmo quando o seu ensino encontrava oposição. Por todo este labor, e por causa de tudo quanto sofreram pela humanidade e por quanto nos trouxeram e nos esclareceram, nós veneramo-los como os iniciadores da nossa luz. E os nossos artistas mais hábeis reproduziram imagens dos Deuses que testemunham através de toda a eternidade a sua verdadeira grandeza e maravilhoso poder. E assim a imagem dos Primitivos Mestres ficou descrita até aos nossos dias. Aparentemente, esses oriundos de Schwerta não eram diferentes do homem. Tinham uns corpos graciosos e pele branca. O seu rosto nobre era emoldurado por uma cabeleira de um preto azulado. Uma barba espessa cobria-lhes o lábio superior e o queixo. Tal como os homens, os Antigos Pais eram seres vulneráveis, com carne e sangue. Mas o sinal que os distinguia decisivamente dos homens era terem seis dedos nas mãos e nos pés, característica da sua origem divina...


...Grande era o conhecimento dos Primitivos Mestres e grande era a sua sabedoria. A sua visão alcançou as colinas, planícies, florestas, mares e vales. Eram seres milagrosos. Conheciam o futuro. A verdade fora-lhes revelada. Perspicazes, eram capazes de grandes decisões. Ergueram Akanis, Akakor e Akahim. Na verdade, os seus trabalhos eram poderosos, como o eram os métodos que usavam para os criar: a maneira como determinaram os quatro cantos do universo e os seus quatro lados. Os senhores do cosmo, seres do céu e da terra, criaram quatro cantos e quatro lados do universo. Akakor agora está em ruínas. A grande entrada de pedra está destruída. Cipós crescem no Grande Templo do Sol. Por minha ordem, e de acordo com o Supremo Conselho e os sacerdotes, os guerreiros Ugha Mongulala destruíram a nossa capital há três anos. A cidade teria traído a nossa presença perante os Bárbaros Brancos e, assim, nós abandonamos Akakor. O meu povo fugiu para os abrigos subterrâneos. A última dádiva dos Deuses. Temos treze cidades, profundamente ocultas nas montanhas que se chamam Andes. O seu plano corresponde à constelação de Schwerta, a pátria dos Antigos Pais. A Baixa Akakor fica no centro. A cidade fica assentada numa caverna gigantesca feita pelo homem. As casas, ordenadas em círculo e contornadas por uma muralha decorativa, têm no centro o Grande Templo do Sol. Tal como na parte superior de Akakor, a cidade está dividida por duas ruas em cruz, que correspondem aos quatro cantos e aos quatro lados do universo. Todas as estradas lhes são paralelas. O maior edifício é o Grande Templo do Sol, com torres que sobem além dos edifícios onde estão instalados os sacerdotes e os seus criados, do palácio do príncipe, das instalações dos guerreiros e das mais modestas casas do povo. No interior do templo há doze entradas para os túneis que ligam a Baixa Akakor com outras cidades subterrâneas. Têm paredes inclinadas e um teto liso. Os túneis são suficientemente largos para comportar cinco homens lado a lado. Qualquer das outras cidades fica a grande distância de Akakor. Doze das cidades - Akakor, Budo, Kish, Boda, Gudi, Tanum, Sanga, Rino, Kos, Amam, Tata e Sikon - são iluminadas artificialmente. A luz altera-se de acordo com o brilho do Sol. Só Mu, a décima terceira e a menor das cidades, tem altas colunas, que atingem a superfície. Um enorme espelho de prata espalha a luz do Sol sobre toda a cidade. Todas as cidades subterrâneas são cruzadas por canais que trazem água das montanhas. Pequenos afluentes fornecem edifícios individuais e casas. As entradas na superfície estão cuidadosamente disfarçadas. Em caso de emergência, os subterrâneos podem ser desligados do mundo exterior por grandes rochas móveis que servem de portões. Nada sabemos da construção da Baixa Akakor. A sua história perdeu-se na escuridão do mais remoto passado. 
 
Mesmo os soldados alemães que viveram com o meu povo não conseguiram esclarecer este mistério. Durante anos mediram os subterrâneos dos Deuses, exploraram o sistema de túneis e procuraram o sistema de respiro, mas sem terem o mínimo êxito. Os nossos Primitivos Mestres construíram as habitações subterrâneas de acordo com os seus próprios planos e leis, que nos são desconhecidos. Daqui governavam o seu vasto império, um império de 362.000.000 de indivíduos, tal como se afirma na Crónica de Akakor. E os Deuses governaram Akakor. Governaram sobre os homens e sobre a Terra. Tinham navios mais rápidos que o vôo das aves, navios que atingiam os pontos a que se destinavam sem velas nem remos, tanto de dia como de noite. Tinham pedras mágicas por onde viam a distância, de modo que podiam ver cidades, rios, colinas, e lagos. Tudo quanto acontecia na Terra e no Céu se refletiam nessas pedras. Mas as habitações subterrâneas eram as mais maravilhosas. E os Deuses deram-nas aos seus Servos Escolhidos como última dádiva. Para os Primitivos Mestres são do mesmo sangue e têm o mesmo pai. Durante milhares de anos, as habitações subterrâneas protegeram os Ugha Mongulala dos seus inimigos e suportaram duas catástrofes. Os ataques das tribos selvagens não tinham êxito contra os seus portões. No interior, os últimos homens da minha raça esperam a vinda dos Bárbaros Brancos, que avançam pelo Grande Rio, num número infinito, tal como formigas. Os nossos sacerdotes profetizaram que em última análise descobrirão Akakor e que nela encontrarão a sua própria imagem. Então o circulo fechar-se-á...


link para leitura / download de A Crónica de Akakor:


link para documentários sobre Akakor:

As Grandes Pirâmides Brasileiras (Akakor & Paititi) 

Mistério na Amazônia, sinais e gigantescas formas geométricas aparecem na floresta

AKAKOR : Tiwanaku 2004, Intervista della CNN