8 de dez. de 2011

Esqueçam o que aprenderam na catequese - e se Jesus nunca existou, e todo o Novo Testamento fôr apenas uma alegoria a um culto ao cogumelo?




"Food for thought" em época natalícia - John Allegro, historiador e pesquisador dos Manuscritos do Mar Morto, apresenta-nos uma nova abordagem ao Cristianismo em particular, mas abarcando também outras religiões como o Islamismo e o Judaísmo; na base destas religiões, segundo ele, estão ideias muito mais antigas e que reflectem cultos de adoração à natureza - mais concretamente, às plantas enteogéneas (ou fungos), sendo que estas serão todas aquelas que possuem substâncias capazes de provocar estados alterados de consciência.








O termo enteógeno, que significa literalmente "manifestação interior do divino", deriva de uma palavra grega obsoleta, da mesma raiz da palavra "entusiasmo", e que remete para a comunhão religiosa sob efeito de substâncias visionárias ou a ataques de profecia, assim como para a paixão erótica.










Entre as plantas, alguns dos enteógenos mais conhecidos são Ayahuasca, Jurema, Canabis, Yopo, Peiote, Ololiuqui. Entre os fungos, Psilocybe e Amanita.








Segundo Allegro, o homem primitivo via a natureza como uma criação de Deus - sendo o elemento masculino o Céu e o feminino a Terra; as plantas seriam os filhos de Deus, nascidas da impregnação da semente do pai (chuva) na mãe terra. Sendo que o cogumelo permitia ao homem uma comunhão extâsica com o divino, este poderia ser considerado "o filho de Deus".
Também na figura do pai natal podemos encontrar referências inequívocas ao Amanita Muscaria. Segundo a lenda, as renas siberianas consomem sempre que podem este cogumelo, uma vez que ele aparece abundantemente nessa região. Sempre que os caçadores ou pastores nómadas consumiam carne de rena que tivesse ingerido cogumelos, os efeitos psicoactivos passariam para a pessoa que a ingerisse. Surgiam então visões partilhadas de um homem vestido de vermelho e branco, um xamâ que levava presentes para a povoação.
A ideia de que muito do conhecimento ancestral tenha sido mantido "em sigilo" até aos nossos dias é perfeitamente aceitável. O que aconteceria se de repente uma grande parte da população decidisse consumir Amanitas? No mínimo, dispararia a despesa pública para os transplantes hepáticos... É possível que grande parte desse conhecimento tenha sido codificado em manuais e transmitido de geração em geração, até mesmo na Bíblia. Escondido à vista de todos, acessível a uma pequena minoria de eleitos. E de vez em quando aparece uma alusão aqui e ali, como na história de Alice no País das Maravilhas, a menina que prova um cogumelo e faz uma viagem astral. Não será por acaso que consta que Lewis Carrol era um adepto das ciências ocultas, sendo reconhecido entre os seus pares pelo pseudônimo de Ludovicus Carolus.





links para leituras / downloads
John Allegro - The Sacred Mushroom and the Cross
http://www.mediafire.com/?m0mdnljmfuj
Gordon Wasson - Musrooms Russia and History
http://www.newalexandria.org/archive/MUSHROOMS%20RUSSIA%20AND%20HISTORY%20Volume%202.pdf
Jesus, Santa, Mithra and the Magic Mushroom
David York - Christ and the Sacred Musroom