4 de jun. de 2011

Islândia - a revolução que poucos conhecem




Se alguém pensa que não existe censura hoje em dia, que me explique porque foi conhecido tudo que aconteceu no Egipto, enquanto que os jornais não disseram nada sobre o que se está a passar na Islândia. Na Islândia, o governo demitiu-se completamente, os principais bancos foram nacionalizados, foi decidido não pagar a dívida que eles criaram na Inglaterra e nos Países Baixos devido à sua má política financeira e acaba de ser criada uma assembléia popular para reescrever toda a sua Constituição. E tudo isso foi feito pacificamente. Uma revolução contra o poder que nos levou à crise actual. E se os restantes cidadãos da Uniao Europeia seguissem este exemplo? 
Esta é, resumidamente, a história dos eventos: 
2008 - É nacionalizado o maior banco do país. A moeda entrou em colapso, a bolsa suspendeu a sua actividade. O país está falido. 
2009 - Os protestos dos cidadãos em frente ao parlamento para serem convocadas eleições antecipadas conseguiram levar à demissão do primeiro-ministro e de todos os membros do seu governo como um bloco. Persiste a má situação econômica. É proposta uma lei de reembolso da dívida com a Inglaterra e os Países Baixos pelo pagamento de 3.500 milhões de euros, uma quantia que todas as famílias islandesas pagariam mensalmente durante os 15 anos seguintes com uma taxa de juro de 5,5%. 
2010 - As pessoas voltam à rua e pedem que a lei seja apresentada a referendo. Em Janeiro de 2010, o Presidente recusa-se a ratificar lei e anuncia que haverá uma consulta. 
No referendo realizado em Março, o não à dívida arrasa com um 93% dos votos. 
Perante tudo isso, o governo iniciou uma investigação para resolver as responsabilidades legais da crise. Tem início a prisão de vários banqueiros e executivos. A Interpol emitiu uma ordem, e todos os banqueiros envolvidos abandonaram o país. 
No presente contexto de crise, foi escolhida uma assembléia para elaborar uma nova Constituição para incorporar as lições aprendidas com a crise e substituir a actual, uma cópia da Constituição Dinamarquesa. 
Para isso ser conseguido, recorre-se directamente ao povo soberano. São eleitos 25 cidadãos sem filiação partidária dos 522 que apresentaram pedidos, cujos requesitos eram somente ser maior de idade e ter o apoio de 30 pessoas. A Assembléia Constituinte começará seus trabalhos em Fevereiro de 2011 e apresentará um projecto de Constituição com base nas recomendações de consenso oriundas de diversas reuniões que se deverão realizar por todo o país.
Deverá ser aprovada pelo Parlamento em curso e que formou após as eleições legislativas.


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