30 de out. de 2018

a quem possa interessar

back to basics... porque motivo temos de pagar para viver num mundo em que nascemos? porque motivo o nosso corpo está cotado em bolsa? quem são os nossos donos? porque motivo temos de trabalhar 45 anos para poder gozar de um pouco de descanso? que vamos gozar aos 65, cansados e doentes?
capitalismo... produção de bens... será que precisamos mesmo de trocar de telemóvel de 2 em 2 anos, de automóvel de 5 em 5? necessitamos de uma casa com 3 ou 4 quartos, vazia? é o desejo que querer sempre mais, porque motivo não nos limitamos ao básico que nos traga felicidade? para quê ir ao restaurante comer 2 ou 3 pratos e esbanjar metade? para podermos usufruir destes luxos, há trabalho escravo e trabalho infantil.
não estou contra o trabalho, quero contribuir para o meu grupo social, acredito no comércio local e sustentado (como na história do pescador e do homem de negócios); a meu ver deveríamos deixar os nacionalismos de parte e criar cidades-estado, mais um tipo de comunidades-estado, onde cada um pudesse desenvolver as suas capacidades e contribuir da melhor forma - e quanto ao governo, será muito pedir um sorteio aleatório entre todos os cidadãos, de forma a não haver jogadas de bastidores e corrupção?
este planeta é uma biblioteca viva, um repositório de espécies, e nós fomos criados inicialmente para sermos os guardiões dessa diversidade - antes de chegarem os nossos controladores e nos escravizarem... os animais e as plantas têm tanto direito ao planeta como nós.

sim, simpatizo com a ideologia wiccan, não tenho coven nem sigo um grupo particular; não sou bruxa, não sei lançar feitiços nem me interessa aprender - amo a natureza e sigo os seus ciclos, ouço as árvores e consigo conectar-me com alguns animais; é no retorno à natureza que vamos descobrir a nossa essência -  e para descobrir isso não é necessário ser um shaman, basta ter sensibilidade e humildade - sim, as coisas são simples, a vida pode ser simples - cuidar dos nossos pais (podem não ser perfeitos, o mais provável é terem feito o melhor que sabiam com as condições que tinham), ajudar os nosso amigos quando vemos que eles precisam (sem pensar muito no retorno), trabalhar com honestidade e ética sem pisar o outro, sempre voltados para objectivos realistas.
e quanto aos afectos, as pessoas vêem e vão é verdade; temos de respeitar o espaço e a individualidade de cada um - eu não pretendo modificar nem prender o outro, nem tampouco me vou moldar em função dos desejos alheios, sinto-me perfeitamente à vontade sozinha, e estando acompanhada tenho de me sentir tão à vontade como se não tivesse ninguém (dois solitários juntos?); este tipo de pensamento tem-me causado alguns dissabores, tomam-me por fria, as pessoas entram na minha vida e quando acaba, acaba, paciência...

não posso assumir a responsabilidade pelas coisas estranhas que têm acontecido recentemente - também tenho o esquentador rebentado, carro com problemas eléctricos, energia drenada durante o sono, visitas nocturnas (esta casa mais parece um portal), sensação de tempo perdido - olhar para as horas e ui, que fiz eu estes últimos minutos - é assustador, principalmente a conduzir; tenho tido algumas situações nestes últimos anos em que me sinto ameaçada e vítima de invejas, e já sei reconhecer os sinais - tive inclusive ameaças de um maçon mas continuo aqui, viva e calma, a tentar levar a melhor perante todas as adversidades; amanhã é Samhain, não tenho receio pois tenho a minha consciência tranquila perante vivos e mortos - e se me quiserem enviar algo que sejam chocolates, flores mortas não ;)