31 de out. de 2011

Revelações surpreendentes fornecidas por um ex-bancário anónimo suíço, numa entrevista dada em Moscovo a Peter Odintsov, em Maio deste ano

P: Você pode nos contar algum episódio acerca do seu envolvimento nos negócios bancários suíços?

R: Eu trabalhei para diversos bancos suíços durante muitos anos. Foi-me designado o cargo de um dos principais directores num dos maiores bancos suíços. Durante o meu trabalho eu encontrei-me envolvido no pagamento, o pagamento directo em dinheiro a uma pessoa que matou o presidente de um país estrangeiro. Eu estava na reunião onde foi decidido tirar esse dinheiro do caixa para entregar ao assassino. Isto deu-me dores de cabeça gravíssimas e perturbou a minha consciência por muito tempo. Não foi o único caso sério em que estive envolvido, mas de todos foi o pior.
Era uma ordem de pagamento escrita à mão vinda parte de um serviço secreto estrangeiro, e onde se indicava o pagamento de uma certa quantia a um indivíduo que liquidou o chefe de estado de um país estrangeiro. E não foi um caso isolado. Recebemos diversas cartas escritas à mão provenientes de serviços secretos estrangeiros dado ordem de pagamento em dinheiro apartir de contas secretas para financiar eventuais revoluções ou para a morte de pessoas. Posso confirmar que o que John Perkins escreveu no seu livro, "Confissões de um Assassino Económico", é uma realidade. Esse esquema existe e o sistema bancário suíço está envolvido nesses casos.

P: O livro de Perkins também foi traduzido para russo e encontra-se disponível no nosso país. Você pode nos dizer qual foi banco e quem foi a pessoa responsável?

R: Foi um dos três principais bancos suíços na época e foi o presidente de um país do terceiro mundo. Mas eu não quero dar muitos detalhes senão eles vão-me relacionar fácilmente, se eu disser o nome do presidente e o nome do banco. Vou colocar a minha vida em risco.

P: Você também não pode nomear ninguém desse banco?

R: Não, não posso, mas posso garantir-vos que isso aconteceu. Fomos várias as pessoas na sala de reuniões. A pessoa encarregada do pagamento físico do dinheiro veio até nós e perguntou-nos se tinha permissão para fazer o pagamento de uma quantia tão elevada em dinheiro para esse indivíduo. Então um dos directores explicou o caso e todos os outros disseram OK você pode fazê-lo.

Q: E isso aconteceu muitas vezes? Esse fundo era um tipo de saco azul?

R: Sim. Era um fundo especial gerido num lugar especial no banco, onde todas as cartas vinham codificadas e vinham do exterior. As cartas mais importantes eram escritas à mão. Nós tivemos de as decifrar e nelas vinha a ordem para pagar uma certa quantia de dinheiro dessas contas para o assassinato de pessoas, o financiamento de revoluções, o financiamento de greves, o financiamento todos os tipos de festas. Eu sei que certas pessoas como os Bilderbergers estavam envolvidos em tais ordens. Quero dizer que eles deram as ordens para matar.

P: Pode-nos indicar em que ano ou em que década isto aconteceu?

R: Eu prefiro não lhe dar o ano exacto mas sucedeu na década de 80.

P: Você teve algum tipo de problema com esse trabalho?

R: Sim, um problema muito grande. Eu não conseguia dormir durante muitos dias e após determinado período sai do banco. Se eu lhe der demasiados detalhes eles seguir-me-ão. Diversos serviços secretos do exterior, na sua maior parte de língua inglesa, deram ordens para os actos ilegais deste fundo, até mesmo para assassinatos de pessoas através dos bancos suíços. Nós tivemos que pagar, segundo instruções de poderes extrangeiros, para a matança de pessoas que não acatavam as ordens dos Bilderbergs, do FMI, ou o Banco Mundial por exemplo.
  
P: Esta revelação que você nos faz é muito surpreendente. Por que motivo sente a necessidade de nos dizer isto agora?

R: Porque o clã Bilderberg vai-se encontrar agora na Suíça. Porque a situação do mundo está a começar ficar cada vez pior. E porque os maiores bancos suíços encontram-se envolvidos em actividades contra a sua ética. A maioria destas operações têm sido feitas fora dos livros de balanço. Os valores são muito maiores do que é oficialmente declarado. Não contam para auditorias nem para impostos. Estamos a falar de valores compostos por muitos zeros. São quantias enormes.

P: Estamos a falar na ordem dos milhões?

R: É muito mais, são biliões, tudo completamente ilegal, fora de todo o controle fiscal, e fora de impostos. Basicamente trata-se de uma extorsão a todos os cidadãos. Quero dizer com isto o cidadão comum paga os seus impostos e encontra-se regido  por leis. O que está a acontecer aqui vai totalmente contra os nossos valores suíços, como a neutralidade, a honestidade e a boa fé. Nas reuniões em que me vi envolvido, as discussões iam completamente em oposição a todos os nossos princípios democráticos. Veja, a maior parte dos directores de bancos suíços já não são pessoas de cá, são estrangeiros, na sua maior parte anglo-saxões, americanos ou britânicos, que não respeitam nossa neutralidade, não respeitam nossos valores, e vão contra a nossa democracia directa;  eles usam somente os bancos suíços para seus negócios ilegais.
Eles usam enormes quantidades de dinheiro criadas apartir do nada e destroem nossa sociedade, destroem povos pelo mundo inteiro apenas para a sua própria avidez. Procuram o poder e destroem países como a Grécia, a Espanha, Portugal ou a Irlanda - e a Suíça virá em último lugar. E usam a China como fornecedor de mão-de-obra escrava. E uma pessoa como Josef Ackermann, que é um cidadão suíço, é um quadro superior dum banco alemão e usa o seu poder para sua própria ganância e não respeita as pessoas comuns. Ele encontra-se envolvido em bastantes casos jurídicos na Alemanha e agora também alguns até nos Estados Unidos. Ele é um Bilderberg e não se preocupa com a Suíça ou com qualquer outro país.

P: Então segundo o que você diz, algumas destas pessoas vão estar reunidas em St Moritz, no encontro dos Bilderbergs em Junho?

R: Sim.

P: E eles encontram-se actualmente em posições de poder?

R: Sim. Eles têm grandes quantidades de dinheiro à sua disposição e vão usá-lo para destruir países inteiros. Eles estão a destruír toda a nossa indústria e a transferi-la para a China. Por outro lado, eles abriram as portas da Europa a todos produtos chineses. A população activa da Europa está a ganhar cada vez menos dinheiro. O seu verdadeiro objectivo é destruir a Europa.

P: Você acha que o encontro dos Bilderbergs em St. Moritz tem um significado simbólico? Porque em 2009 eles estiveram na Grécia, em 2010 na Espanha e veja o que aconteceu com estes países. Será que isso significa a Suíça pode esperar algo de verdadeiramente grave?

R: Sim. A Suíça é um dos países mais importantes para este grupo, devido a todo o capital que se encontra aqui. Eles vão-se reunir lá, porque para além de outras coisas eles querem destruir todos os valores que a Suíça representa. A Suiça é um obstáculo para eles, não sendo da União Europeia ou do Euro, não sendo totalmente controlada por Bruxelas e assim por diante. Em questão de valores eu não me estou a referir aos grandes bancos suíços, até porque eles já não são suíços, a maioria deles são liderados por americanos. Estou a falar do verdadeiro espírito suíço que as pessoas comuns valorizam e querem preservar.
Claro que tem um significado simbólico, como você disse, veja os casos de Grécia e Espanha. O seu objectivo é ser uma espécie de clube elitista exclusivo que usa todo o poder que tem em mãos de modo a empobrecer o resto do mundo.

P: Você acha que o objectivo dos Bilderbergs é criar uma espécie de ditadura global, controlada pelas grandes corporações internacionais, acabando com todos os estados soberanos?

R: Sim, a Suíça é o único lugar onde as regras da democracia directa ainda seguem o seu caminho. Eles usam o argumento do "demasiado grande para falir", como sucedeu no caso do Banco UBS, para colocar o nosso país com um valor elevadíssimo de dívida, assim como fizeram com muitos outros países. No final de contas eles querem fazer com a Suíça o que eles fizeram com a Islândia, com todos os bancos e o país na bancarrota.

P: Esse plano é para toda a União Europeia?

R: Claro que sim. A União Europeia está sob jugo apertado por parte dos Bilderbergs.

P: Na sua opinião, quais são as medidas que podemos tomar para travar este plano?

R: Bem, essa é a razão para eu estar a falar consigo. A verdade. A verdade é o único caminho. Colocar uma luz sobre toda esta situação, expô-la. Eles não gostam de estar no centro das atenções. Temos de criar transparência no sector bancário e em todos os níveis da nossa sociedade.

P: O que você me está dizer é que existe um lado positivo em todo negócio bancário suíço, mas apesar disso alguns dos grandes bancos estão a fazer um uso indevido do sistema financeiro para as suas próprias actividades ilegais.

R: Sim. Os grandes bancos suíços estão a treinar os seus funcionários segundo valores anglo-saxónicos. Eles estão treinando-os para serem gananciosos e cruéis. E essa ganância está a destruir a Suíça e todos os outros países. Como país temos grande parte dos nosso bancos operando da forma mais correcta do mundo, se você olhar apenas para os bancos de pequena e média dimensão. São os grandes bancos que operam a nível global que constituem um problema. Eles já não são suíços nem se consideram como tal.

P: Então você acha que expôr os Bilderbergs é uma coisa positiva, mostrar quem eles são na realidade?

R: Eu penso que o caso Strauss-Kahn é uma boa oportunidade para nós, porque mostra que essas pessoas são corruptas, possuem mentes doentias, tão doentias que eles estão cheios de vícios e esses vícios são mantidos em segredo sobre as suas ordens. Alguns deles, como Strauss-Kahn, violam mulheres, outros são sado-masoquistas ou pedófilos e muitos estão envolvidos em satanismo. Quando você entra em determinados bancos você vê estes símbolos satânicos, como no Banco Rothschild, em Zurique. Essas pessoas são controladas através de chantagem por causa das suas próprias fraquezas. Eles têm que seguir ordens ou serão expostos, destruídos ou até mesmo mortos. Não é apenas a reputação de Strauss-Kahn que está a ser liquidada pelos media, ele corre até o risco de ser literalmente morto.

P: Uma vez que Ackermann está no comité dos Bilderbergs, você pensa que ele poderá influenciar significativamente as decisões lá tomadas?

R: Sim. Mas há muitos outros, como Lagarde, que será provavelmente a próxima cabeça do FMI (também é membro dos Bilderbergs), e em seguida Sarkozy e Obama. Eles têm um novo plano para censurar a internet, porque a internet ainda é livre. Eles querem controlá-la e usar o terrorismo mais do que nunca como pretexto. Eles poderiam até mesmo planear algo horrível de maneira a obter uma desculpa.

P: Então quais são os seus piores receios?

P: Não são meramente receios pessoais, são certezas. Como eu disse, uma vez que eles davam ordens para matar, então eles são capazes de coisas terríveis. Se eles tiveram a sensação de estar a perder o controle, com o levantamento popular da Grécia e agora também em Espanha, e com um possível cenário em Itália, então eles podem fabricar uma nova Operação Gladio. Eu acompanhei de perto a rede Gladio. Como você sabe essa rede foi paga pelo dinheiro americano para instigar o terrorismo de maneira a controlar o sistema político em Itália e em outros países europeus. E por falar nisso, no assassinato de Aldo Moro - o seu pagamento foi feito através do sistema que eu mencionei.

P: Esteve Ackermann envolvido neste esquema de pagamentos, durante o período em que esteve ao serviço dum banco suíço?

R: (Sorri) ...você é o jornalista. Analise o seu percurso e veja quanto tempo lhe levou para atingir o topo da sua carreira.

P: O que você acha que pode ser feito para impedi-los?

R: Bem, existem muitos bons livros que foram já editados, e que explicam a fundo como ligar todos os pontos, como o que mencionei do Perkins. Essas pessoas realmente têm trazido para a ribalta casos de homens que são pagos para matar. Alguns deles recebem o dinheiro através de bancos suíços. Mas não só, esse sistema foi criado um pouco por todo o mundo. É preciso expor ao público essas pessoas que estão preparadas para fazer de tudo para manter o seu controle. E quando digo tudo, quero dizer tudo mesmo.

P: Você pensa que ao expôr este grupo, nós poderíamos acabar com os seus planos?

R: Sim, dizendo a verdade. Estamos a ser confrontados com criminosos realmente cruéis, assim como criminosos de guerra. O genocídio faz parte dos seus planos. Eles estão prontos e são capazes de matar milhões de pessoas apenas para permanecer no poder e manter o seu controle.

P: Você pode nos explicar por que motivo todos os meios de comunicação ocidentais permanecem mais ou menos silenciosos acerca do Grupo Bilderberg?

R: Porque existe um acordo entre eles e os proprietários dos principais meios de comunicação. Você não ouve falar sobre isso. Eles são comprados. Também porque algumas das figuras de topo da mídia são convidadas para essas reuniões, mas são instruídas no sentido de não relatar o que vêem e ouvem.

P: Dentro da estrutura dos Bilderbergs, há um círculo interno que toma conhecimento de todos os planos e depois há a maioria que apenas cumpre ordens?

R: Sim. Você tem o círculo interno que segue valores satânicos e depois há um conjunto de pessoas ingênuas ou não tão bem informadas. Algumas dessas pessoas pensam mesmo que estão fazendo algo de bom, e essas formam o círculo exterior.

P: Segundo alguns documentos que têm vindo a ser expostos e com base nas suas próprias declarações, o Grupo Bilderberg decidiu em 1955 criar a União Europeia e o Euro, tomando desta forma decisões muito importantes e de grande alcance.

R: Sim e você sabe que o Grupo Bilderberg foi fundado pelo príncipe Bernard, que era um ex-membro do partido nazi e das SS e também trabalhou para a IG Farben, em cuja subsidiária foi produzido o Cyclone B. O outro indivíduo era o chefe da Occidental Petroleum, que tinha relações estreitas com os comunistas da União Soviética. Eles operavam em ambos os lados, mas na verdade essas pessoas são fascistas que querem controlar tudo e todos, e que tudo que se atravesse no seu caminho seja removido.

P: O sistema de pagamento que você nos explicou fica de fora de todas as operações normais, é processado de forma compartimentada e em segredo?

R: Nesses bancos o empregado comum não toma conhecimento do que está a acontecer. É como um departamento secreto dentro do próprio banco. Como eu disse estas operações ocorrem fora dos balanços, sem supervisão. Alguns estão situados no mesmo edifício, outros estão fora. Eles possuem a sua própria segurança e é uma área especial onde somente o pessoal autorizado pode entrar.

P: Como é que eles mantêm essas transações fora do sistema Swift?

R: Bem, no início surgiram algumas listagens Clearstream verdadeiras. Eles apenas incluiram nomes falsos para fazer as pessoas acreditar que a listagem era falsa. Você vê que eles também cometem erros. A primeira listagem era verdadeira e você pode sacar um monte de pistas. Existem pessoas dedicadas a descobrir irregularidades, a descobrir a verdade e a trazê-la a público. Depois é claro que surgem processos em tribunal e então essas pessoas são forçadas a calar a boca. 
A melhor maneira de os deter é expôr as verdades, trazê-los para a luz da ribalta. Se não fizermos isso, vamos todos acabar por ser os seus escravos.

P: Muito obrigado pela entrevista. 



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link para o download do "Confessions of an Economic Hit Man", de John Perkins