Decidi voltar a este assunto, após ter visto o documentário sobre Targeted Individuals da VICE, onde se menciona que Max Spiers deveria participar duma conferência sobre TI, tendo falecido apenas algumas semanas antes, de supostas causas naturais. O documentário é apresentado sob ponto de vista um pouco céptico, a princípio, e a meu ver falha em termos de ir ao fundo do assunto, como acontece, porquê acontece, desde quando... A opinião da profissional de saúde também é um pouco vaga, ao analisar o fenómeno como uma possibilidade, não descartando a hipótese de transtorno psicológico. Alguém pode me explicar como um transtorno de personalidade coloca um implante no cérebro / pescoço / outro local do corpo?
Ponderei se deveria falar ou não, mas que importa, se ninguém acredita mesmo? A minha experiência com este fenómeno começou na infância, eu não tive propriamente um amigo imaginário, mas desde cedo que ouço vozes, em determinadas ocasiões, não são ameaçadoras e até ponderei tratar-se do meu "higher self", mas começo a ter dúvidas. A minha infância foi muito diferente na altura, em termos de educação, do que é agora, felizmente para os miúdos de agora. Eu andava sempre sozinha, a divagar, a explorar as imediações de casa, onde havia muita área verde - foi numa destas ocasiões que, tendo eu cerca de seis anos, fui abordada por um indivíduo que me tentou raptar, com a promessa de que no meio do arvoredo haviam frutos saborosos, depois de me perguntar o meu nome, que idade tinha, onde vivia, lembro-me que ele tinha uma aparência muito amistosa e eu na minha inocência estava tentada a segui-lo quando ouvi uma ordem dentro da minha cabeça, um homem que gritou "foge!" e desatei a correr sem saber porque motivo o fazia, sei que ao fugir alguns vizinhos aperceberam-se da situação e perseguiram o homem.
Voltei a ouvir uma voz feminina há uns 15 anos atrás, por duas ocasiões - e foi numa altura em que eu tinha equilíbrio, em que atravessava uma fase de grande intuição e introspecção. Uma ocasião em que me descuidei e deixei uma gatinha preta que eu adorava fugir pelo portão, ouvi claramente uma mulher a repreender-me, dizendo que ainda era muito cedo e que a gata não sabia ir à rua - infelizmente passou um carro nessa altura e atropelou a minha gatinha, foi um trauma e devido à situação nunca mais me esqueci dessa voz. Noutra ocasião, uns anos mais tarde, estava eu a conduzir numa manhã de chuva, ainda meio ensonada, quando ouço de novo a voz a dizer-me "toma atenção!" e tenho um vislumbre de alguém a atravessar-se no meu caminho, despertei logo é claro e nem 10 segundos depois uma senhora atravessa-se à minha frente, sem olhar para a estrada, desesperada para apanhar o autocarro que estava parado do outro lado da via - tenho a certeza que, se não tivesse sido avisada, teria atropelado a senhora. É engraçado, agora que escrevo isto, lembro-me para onde ia nessa manhã, eu estava a fazer uma formação, e posso dizer que eu não percebia nada de geriatria, mas durante esse curso por diversas vezes me surpreendi a dar respostas à formadora, sem saber bem como essas ideias iam parar à minha cabeça - e aqui posso entrar no tema da sincronicidade.
Muita gente fala no fenómeno da sincronicidade como sendo algo bom, uma chamada de atenção do universo ou dos anjos, e eu em parte concordo com isso. Pois em algumas ocasiões, como no caso da formação de geriatria, senti nitidamente que tinha de aprender alguns conceitos que iria pôr em prática mais tarde. Devido a um elo torto na minha coluna, não consigo emprego na área, tendo tentado por duas vezes e desistido devido a dores fortes, somente após um ou dois dias de trabalho. Pois agora que a minha mãe tem um tumor no cérebro, posso dizer que o que aprendi me deu o conhecimento suficiente para poder ser aquela pessoa que alertou a médica e que pressionou para que fossem feitos exames. Ainda há pouco tempo, tive mais uma situação gritante de sincronicidade e que considero positiva - tem a ver com uma música, que me surpreendeu e me apontou para determinada direcção, num dia - no dia seguinte a vocalista aparece-me à frente a perguntar por direcções, perdida (impossível ignorar).
No entanto, há um aspecto diferente do fenómeno da sincronicidade que me leva a relacioná-lo ao fenómeno do controlo mental e que também acontece no meu dia-a-dia. E é aqui que começa a ser difícil explicar sob um ponto de vista frio e imparcial, mas cá vai. Desde que fui internada no hospital psiquiátrico devido a um episódio de esgotamento, tenho a certeza que entrei para algum tipo de lista de pacientes a seguir através de experiências ligadas ao condicionamento, e uma vez que eles têm a minha ficha e sabem quais são as minhas fobias e receios, basta no dia-a-dia apertar alguns "botões" específicos para que eu me mantenha calada, sossegada e num estado de medo permanente. Como fazer isso? Tenho visto algumas pessoas dar exemplos perfeitos de como ocorre no caso delas, seja através de programas televisivos ou músicas específicas. Mas no meu caso, o mais usual é ter pessoas a abordar-me no meu local de trabalho já com noções específicas de como me molestar. A última pessoa a fazer essa figura levou com uma reacção da minha parte que não contava obter, não fui mal-educada mas dei a entender que estava a par da situação. Também tenho indivíduos a mandar "bocas", assim do nada, enquanto passam junto à minha loja; outras vezes tenho várias pessoas que vão conversar para a minha beira, com o intuito de me "ameaçar"; à medida que os anos passam torna-se mais fácil lidar com isto, porque já sei o que esperar. Deixei de ver televisão, até porque tive uma chamada de atenção com a minha mãe a comentar há uns anos atrás "devias ver esta novela porque fulana de tal tem uma história de vida mesmo igual à tua!" Quem estiver a ler vai imediatamente pensar que por me encontrar debilitada mental e emocionalmente faço associações onde não devo - é precisamente isso que eles querem que eu e todos os restantes pensem, e é tão simples como a experiência de Pavlov!
Por outro lado, não é necessário propriamente ter acesso ao historial psiquiátrico de um indivíduo para ir buscar ideias e pensamentos que ele esteja a ter, e que fiquem armazenados numa espécie de memória colectiva. Pensamentos que pairam no "éter" poderão ser a fonte de inspiração para tantos artistas, e com a suposta evolução para 5D, pergunto-me se no passado e no presente haverão indivíduos com capacidade para navegar numa espécie de "wall of records", onde poderão ir buscar tanto as respostas às suas dúvidas como os pensamentos que ficam registados. As motivações e o carácter de cada um irão determinar o uso que iriam dar a esse conhecimento, e admira-me que haja alguém que use esse recurso simplesmente para ir buscar conhecimento de como aplicar e multiplicar o dinheiro, ou para prejudicar outros. Mas há quem o faça com intenções nobres. Um bom exemplo disso é o exemplo de Osho, que sempre que era questionado fazia uma pausa como que a consultar uma biblioteca universal de conhecimento - senão, observem:
Para terminar um assunto que já vai longo, vou falar sobre sonhos e projecções mentais. Na minha opinião, uma óptima forma de molestar alguém sem deixar rasto é através dos pesadelos. Ainda há pouco tempo, em conversa com um familiar, descobri que não sou a única pessoa da família num estado permanente de ansiedade devido a pesadelos, o que me causa insónia. Não há muito mais para falar sobre isso - vou passar aos sonhos lúcidos. Da mesma forma que os pesadelos poderão ser induzidos, também posso ser levada a pensar que sempre que tenho um sonho lúcido com alguém essa realidade não é factual, que essa pessoa não está de facto comigo e que poderá ser ou uma projecção do meu subconsciente / ou uma entidade a fazer-se passar por aquela pessoa. O mesmo poderá acontecer a alguém que sonhe comigo... No entanto, quero deixar aqui uma experiência que tive e que me deixa a certeza de que pelo menos alguns sonhos lúcidos são mesmo reais - não quero citar nomes, digamos que num sonho lúcido deparei-me com um velho casal amigo, a senhora em questão tinha a sua projecção com uma imagem de si mesma um pouco mais nova mas reconheci-a de pronto, ela reconheceu-me e começou a falar comigo animadamente (penso que as pessoas que encontramos apresentam a imagem mental de como gostariam de ser, uma espécie de avatar); o senhor no entanto permanecia calado... Eu perguntei "ele não quer falar?" ao que ela respondeu "ele já não está aqui", ou algo do género, sei que não prestei atenção, ela continuou a falar, entretanto acordei... Passados dois dias sei que o senhor faleceu... Resta-me a consolação de pensar que de alguma forma estive com ele antes do senhor atravessar o véu...