Tenho de manifestar aqui o meu descontentamento, aproveitar enquanto ainda consigo expressar livremente a minha opinião - pois tendo ido ontem ao centro do Porto, e fazendo a Rotunda da Boavista, verifico mais uma vez o abate de árvores centenárias não digo, mas atendendo à altura da construção da rotunda (iniciada em 1909), não andará muito longe disso; acredito pois que a árvore em causa tenha muitos anos, esteja a pôr em perigo a segurança dos carros que transitam, blá blá blá, mas a questão é que cortam-se árvores e não se voltam a plantar, e como se pode verificar nesta fotografia tirada em 1964 (onde ainda se vê o antigo edifício de recolha da Carris, entretanto demolido originando depois a construção do edifício da Casa da Música); não entendo as prioridades arquitectónicas do gabinete planeamento urbano relativamente aos espaços de lazer desta cidade, mas a criação de sombras e espaços verdes definitivamente não figura entre elas - senão vejamos o exemplo da Avenida dos Aliados, a sua evolução, toda a gente que se recorde de como era com os seus belos jardins lamenta o seu desaparecimento...
Um à parte sobre a história do monumento - o leão que subjuga a águia não simboliza a vitoria do Sporting sobre o Benfica, como o meu pai me dizia na minha infância, o monumento é um tributo aos Heróis da Guerra Peninsular, que uniu os exércitos de portugueses e ingleses contra os exércitos franceses de Napoleão Bonaparte, e que teve lugar na Península Ibérica entre os anos de 1808 a 1814, sendo o leão um símbolo da vitória inglesa sobre as águias de Bonaparte. O monumento é da autoria do arquitecto Marques da Silva e do escultor Alves de Sousa, tendo sido iniciado em 1909, mas apenas sido terminado em 1952, devido à morte prematura do escultor, apenas com 38 anos, pelo que teve de ser concluído pelos membros do então Sindicato dos Escultores.
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