Muito se tem especulado na net (claro, porque os restantes meios de comunicação já abandonaram o assunto) sobre alterações climáticas e mortes em massa de animais. Assiste-se a uma certa guerra entre correntes opostas - cientístas e ambientalistas racionais de um lado e do outro profetas apocalípticos e adeptos do paranormal. Aqui vai um pequeno resumo cronológico dos principais eventos registados:
13/12/10 - Centenas de peixes mortos, na sua maioria da espécie barramundi, dão à costa na Austrália; crê-se que a causa possa estar nas cheias que assolaram a região.
22/12/10 – Cerca de cem pelicanos foram encontrados mortos nas praias da ilha Topsai, na Carolina do Sul; apresentavam ferimentos e escoriações, mas as autoridades afastam a hipótese de intervenção humana.
23/12/10 – Centenas de criaturas marinhas mortas, entre elas estrelas-do-mar, medusas e outras dão à costa numa praia da Carolina do Sul; o motivo estará supostamente ligado ao tempo frio.
27/12/10 – No Haiti um número anormal de peixes mortos foi encontrado nas águas e ao largo das margens do Lago Azuei.
28/12/10 – Cerca de setenta morcegos foram encontrados mortos em Tucson, Arizona. Autoridades locais ainda não apuraram as causas, mas apontam para as temperaturas invulgarmente elevadas para a época. Os morcegos são de uma espécie mexicana, e deveriam ter feito a viagem de migração de volta para o México dois meses antes.
01/01/11 - Mais de mil tordos-sargento caíram dos céus na cidade de Beebe, no estado do Arkansas, EUA, na noite de ano novo. As autoridades ainda não apuraram a causa do fenómeno.
02/01/11 - Nas Filipinas, milhares de peixes apareceram mortos nas praias de Lapu; alguns habitantes locais decidiram recolher os peixes e cozinhá-los e como resultado disso, várias pessoas adoeceram poucas horas após o consumo.
03/01/11 – O Departamento de Ambiente de Maryland nos EUA reportou a morte de cerca de trezentos peixes ao largo da Baía de Chesapeake, e indicou o frio extremo como causa provável para estas mortes.
03/01/11 – Dezenas de melros aparecem mortos num quintal em Kentucky, EUA; autoridades culpam o tempo frio por estas mortes.
03/01/11 - Mais de cem mil peixes apareceram mortos numa extensão de cerca de trinta e dois km ao longo do Rio Arkansas, perto de Ozark. O porta-voz da comissão de caça e pesca do Arkansas disse à CNN que acredita que os peixes morreram de doença e afirma que mortes de cardumes ocorrem sazonalmente, apesar de este número ser mais elevado que o habitual.
04/01/11 - Centenas de peixes foram encontrados mortos no Rio St. Clair, no Canadá. Autoridades apontam para causas naturais e não como resultado da descargas de poluentes. Descida brusca de temperaturas poderá estar na origem desta ocorrência.
04/01/11 - Na Nova Zelândia, centenas de lucianos foram encontrados mortos numa praia da Península de Coromandel. O Departamento de Conservação concluiu que os peixes estavam a morrer de fome, devido ao mau tempo que se faz sentir no país, causado pelo fenómeno La Niña. A 23 de Dezembro, este mesmo organismo alertava para o perigo que corriam milhares de pinguins e outras aves marinhas na costa neo-zelandesa, que não estavam a conseguir alimentar-se nem alimentar as suas crias , devido à escassez de peixe originada pelas alterações nos padrões climáticos.
04/01/11 - Meia tonelada de polvos mortos foram recolhidos das praias de Vila Nova de Gaia, Portugal. O director do Parque Biológico de Gaia comentou: “A primeira ideia que me surgiu é que podia ser algum barco que tinha uma carga de polvo fora de prazo e que a deitou ao mar. Mas essa hipótese não se confirma porque o polvo era fresco e tinha alimentação recente, e as barras estão fechadas. O mar está agitadíssimo e se tivesse sido devido a poluição, esta rapidamente se dissipava. Teria de ser muito forte para causar mortalidade, e se causasse seria ao polvo e às outras espécies, o que não foi o caso."
05/01/11 - Autoridades suecas encontraram entre cinquenta a cem pássaros mortos perto de Gotemburgo, na Suécia. As aves, uma espécie da família dos corvos, estavam caídas sobre uma estrada junto a Falköping (sudoeste da Suécia) ao longo de dezenas de metros. O porta-voz dos serviços locais de protecção civil disse a uma agência noticiosa que ainda não havia explicação para as mortes, e que será feita uma autópsia aos animais.
06/01/11 - Mais de quarenta mil caranguejos mortos deram à costa em Thanet, na Inglaterra. Em diversas praias do distrito de Kent, foram também encontradas mortas anémonas, lagostas e estrelas-do-mar. Especialistas em vida animal afirmam que os caranguejos terão morrido de hipotermia, uma vez que o último mês de Dezembro foi o mais frio dos últimos cem anos.
06/01/11 - Pelo menos cem toneladas de peixes mortos apareceram junto à costa, no Estado do Paraná, no Sul do Brasil. O motivo do fenómeno é ainda um mistério. A maioria das espécies são sardinhas e peixe-gato, mas existem mais. Cerca de três mil pescadores foram forçados a parar e o consumo de peixe e marisco da zona foi desaconselhado. As autoridades de saúde apontam várias causas possíveis - um derrame de óleo de um navio, ocorrido em Dezembro, um desequilíbrio ambiental causado pelo excesso de chuva ou até mesmo uma descarga de um pesqueiro.
07/01/11 - Centenas de pombos apareceram mortos nas proximidades da cidade de Faenza, na região de Emilia-Romaña, no Norte da Itália, por razões ainda desconhecidas. Especialistas investigam o que pode ter provocado as mortes. "Pode ser devido à contaminação por alguma fábrica, uma doença aviária ou de outro tipo ou, inclusive, a envenenamento", afirmou a um jornal Massimo Bolognesi, da organização ambiental WWF.
08/01/11 – Cerca de uma centena de estorninhos foram encontrados mortos junto à auto-estrada 101, na Califórnia, EUA; supõe-se que terão colidido com um camião.
08/01/11 – Várias dezenas de estorninhos apareceram mortos na Roménia; veterinários dizem que os pássaros estavam alcoolizados… (?)
11/01/11 – Milhares de arenques foram encontrados mortos no Lago Michigan em Chicago, EUA. Especialistas apontam para os valores baixos de oxigénio do lago como causa provável das mortes, devido ao congelamento de parte das suas águas.
12/01/11 – Cerca de duas toneladas de peixes aparecem mortos em Catarroja, Valência, Espanha. Pensa-se que o motivo das mortes poderá estar nos níveis baixos de oxigénio das águas, por causa da construção de uma barragem na area.
12/01/11 – Cerca de duas toneladas de peixes aparecem mortos em Catarroja, Valência, Espanha. Pensa-se que o motivo das mortes poderá estar nos níveis baixos de oxigénio das águas, por causa da construção de uma barragem na area.
14/01/11 – Mais de trezentos pássaros mortos foram encontrados na berma de uma auto-estrada no Alabama. São na sua maioria gralhas, e são a última baixa a juntar às mortes de pássaros que têm sido reportadas nos EUA.
17/01/11 - Os números de búfalos e vacas mortos no Vietname ascendem aos sete mil, no total de todas as suas províncias. A causa para as mortes está no tempo anormalmente frio que se faz sentir.
18/01/11 - Duzentas vacas apareceram mortas numa quinta do Wisconsin, nos EUA. O veterinário local suspeitou incialmente de um virus bovino, mas investigações mais recentes sugerem um tipo de pneumonia como a causa mais provável para as mortes.
20/01/11 - Pelo menos vinte focas e centenas de peixes e animais marinhos, como ouriços, medusas e estrelas-do-mar foram encontrados mortos nas margens de Boat Harbour, na Terra Nova.
30/01/11 - Ainda são desconhecidas as causas da morte de milhares de peixes no Rio Negro, na região do Pantanal do Mato Grosso do Sul, Brasil. No local podem ser encontrados mortos todas as espécies de peixes existentes no Pantanal - pintado, cachara, dourado, piranha, tuvira, sardinha e inclusive arraias e pacú, que deveriam ser os últimos a morrer, devido ao seu hábito de circular em águas mais profundas.
05/02/11 - Centenas de estorninhos são encontrados mortos numa das principais ruas da cidade de Rotorua, na Nova Zelândia; as autoridades estão a investigar as causas do fenómeno.
11/02/11 - Centenas de andorinhas caíram mortas na cidade de Lake Charles, no Louisiana, EUA. O Departamento para a Vida Selvagem do Louisiana está recolher as aves e a proceder a necropsias, e deverá divulgar os resultados dentro de uma semana.
18/02/11 - Milhares de patos e gansos são encontrados mortos ao longo do Rio Maumee e no Lago Erie, em Toledo, nos EUA. As primeiras investigações afastam a hipótese de gripe das aves, mas ainda não apuraram ao certo o que tem causado as mortes.
As explicações que têm vindo a ser-nos fornecidas pelos "media" mais parecem um Prozac para acalmar os nossos medos - fogos de artifício, virus, pneumonia, e a minha favorita, alcoól (Roménia, terra de vampiros que bebem sangue e pássaros que bebem vinho!). Alguns ambientalistas afirmam que as mortes em massa são algo que ocorre esporádicamente e que não existem motivos para alarmismos, e apontam para as condições ambientais anormais, como o frio extremo, cheias, temporais, ou fenómenos como o La Niña como os catalisadores para estas mortes. Místicos vêm aqui um sinal do fim dos tempos, como havia sido profetizado por S. João, no Livro da Revelação do Novo Testamento. Custa-me a crer que alguém há dois milénios atrás tenha visionado com tanta precisão os eventos dos nossos dias... Por outro lado, causas naturais como o frio ou as doenças não podem explicar todas as ocorrências - principalmente devido ao aspecto selectivo das mortes - porquê só as pombas, ou só os estorninhos, ou só os lucianos? Alguns investigadores têm trazido a lume explicações interessantes, relacionadas com projectos envolvendo a manipulação do clima, nomeadamente o Projecto HAARP; HAARP é a sigla para Programa de Pesquisa Auroral Activo de Alta Frequência, e trata-se de um projecto do governo dos EUA que pretende estudar as altas camadas da atmosfera, nomeadamente a ionosfera, com o objectivo de melhorar as telecomunicações e compreender as mudanças climáticas. Consiste num vasto complexo de antenas situado no Alaska , que emitem ondas de rádio concentradas para alguns pontos da ionosfera (camada eletrificada da atmosfera que fica a cerca de setenta km de altitude). Muitos pesquisadores têm vindo a apontar este projecto como uma arma geofísica ao serviço dos EUA, uma vez que em teoria algumas das suas aplicações incluem o controle sobre as placas tectónicas, sobre a temperatura atmosférica e sobre o nível de radiação de atravessa a camada de ozono.
Outra explicação possível para o fenómeno está na rápida alteração dos polos magnéticos. O norte magnético está a mover-se a uma velocidade de cerca de sessenta km por ano; situava-se no Canadá, mas actualmente encontra-se algures na Sibéria. Esta alteração tem acarretado complicações, nomeadamente para aviação civil. As bússolas apontam agora para direcções ligeiramente diferentes, alterando a leitura dos instrumentos que dependem das suas medidas. Apesar dos aviões comerciais disporem de GPS, que não dependem da posição exacta do pólo magnético, os padrões aeronáuticos ainda se baseiam nas medidas das bússolas convencionais. No início de Janeiro foi encerrado um aeroporto em Tampa, nos EUA, de maneira a poderem corrigir as marcas na sua principal pista de aterragem, para que as indicações de direcção de aterragem permanecessem compatíveis com o que é ditado pelas bússolas. A mudança dos polos magnéticos e a alteração dos campos magnéticos terrestres poderá estar a afectar os sistemas internos de navegação de aves e peixes, principalmente no decorrer das suas migrações, trazendo como consequências a desorientação ou uma interpretação incorreta dos sinais que indicarão a melhor altura para iniciar a migração para Sul.
links para documentários sobre o Projecto HAARP:
Outra explicação possível para o fenómeno está na rápida alteração dos polos magnéticos. O norte magnético está a mover-se a uma velocidade de cerca de sessenta km por ano; situava-se no Canadá, mas actualmente encontra-se algures na Sibéria. Esta alteração tem acarretado complicações, nomeadamente para aviação civil. As bússolas apontam agora para direcções ligeiramente diferentes, alterando a leitura dos instrumentos que dependem das suas medidas. Apesar dos aviões comerciais disporem de GPS, que não dependem da posição exacta do pólo magnético, os padrões aeronáuticos ainda se baseiam nas medidas das bússolas convencionais. No início de Janeiro foi encerrado um aeroporto em Tampa, nos EUA, de maneira a poderem corrigir as marcas na sua principal pista de aterragem, para que as indicações de direcção de aterragem permanecessem compatíveis com o que é ditado pelas bússolas. A mudança dos polos magnéticos e a alteração dos campos magnéticos terrestres poderá estar a afectar os sistemas internos de navegação de aves e peixes, principalmente no decorrer das suas migrações, trazendo como consequências a desorientação ou uma interpretação incorreta dos sinais que indicarão a melhor altura para iniciar a migração para Sul.
Outra hipótese que faz bastante sentido encontra-se relacionada com o recente comportamento do Sol, o mais activo do ciclo solar 24 até à data; com a reativação de manchas que estavam mais adormecidas, nomeadamente na zona 1158 (esta zona registou uma recente explosão de raios x, apenas há dois dias atrás, e que deve atingir a Terra amanhã); já no dia 28 de Dezembro foi registada uma tempestade electro-magnética devido a uma fissura que se abriu na magnetosfera, e que permitiu que o vento solar penetrasse nas camadas superiores da atmosfera. O mês de Janeiro foi muito activo; registaram-se apagões em diversos locais dos EUA e no Brasil, no início deste mês, possivelmente devido à grande ejecção de massa coronal que se verificou no dia 31 de Janeiro. Anomalias nos campos electromagnéticos terrestres poderão estar a causar a desorientação dos animais; a isto acrescentemos as condições climáticas anormais (vaga de frio em algumas regiões e fenómenos como o La Niña noutros locais). Especialistas prevêm que o máximo de actividade solar do ciclo 24 deverá ocorrer por volta de Março de 2013.