30 de dez. de 2018

Sorriso, Eugénio de Andrade



Creio que foi o sorriso, 
o sorriso foi quem abriu a porta.
Era um sorriso com muita luz 
lá dentro, apetecia 
entrar nele, tirar a roupa, ficar
nu dentro daquele sorriso.
Correr, navegar, morrer naquele sorriso.