Gunther Oettinger, comissário alemão, propôs esta semana que os países com dívidas em atraso deveriam ter as suas bandeiras a meia haste nos edifícios da união europeia - trata-se de mais uma acha para a polémica da divisão de mentalidades entre países do norte e do sul da Europa... Não quero trazer para aqui um ponto de vista parcial, baseado na minha própria vivência, e defender que os povos do sul gozam mais a vida... Nem tão pouco atirar culpas para o crescente aumento das ideologias de extrema direita (até porque a cultura germânica no seu todo não pode ser limitada a algumas atitudes mais infelizes vindas de facções isoladas - o povo alemão tem características muito próprias e têm produzido inúmeros génios em diversas áreas, são no seu todo indivíduos inteligentes, autónomos, voluntariosos, críticos...) Em todo o caso, penso que nos devemos questionar no meio de isto tudo se este tipo de pensamento nos conduz a algo positivo - dividir e conquistar, era um dos lemas de Napoleão! Como se não bastasse a triste situação económica actual, temos os nossos supostos representantes governativos com dedos apontados e acusações mútuas, ao invés da busca de soluções - claro que este cenário geral leva-nos a concluír que toda a situação poderá fazer parte de um plano bem engendrado, de forma a nos manter num perpétuo estado de críticas em vez da procura de alternativas viáveis.
É impressionante a maneira como a opinião pública é influenciada pela forma como as notícias nos são difundidas pelos media - um bom exemplo disso é o louvar das revoluções árabes e o bota-abaixo de todo o tipo de movimento contra o corrente estado de coisas vindo dos vários países que atravessam dificuldades, sejam eles Inglaterra, Espanha ou Grécia! Enquanto isso, notícias da parte da Islândia ou até da Irlanda, países onde os cidadãos calmamente tomam o pulso à sua governação, são abafadas. Tudo isto nos aponta para manobras de bastidores... Inclusivé as mais recentes reportagens sobre os crescentes movimentos da estrema-direita, também nos poderão levar a divisões e ódios desnecessários - como por exemplo a ligação de Anders Breivik a diversos grupos extremistas; enquanto isso as suas raízes maçónicas são convenientemente ignoradas... Não querendo tomar partidos, devo alertar para o facto de todo o tipo de acontecimento poder ter várias versões, assim como as notícias que nos são apresentadas como verdades absolutas podem não o ser de forma alguma...