Rupert Sheldrake é um biólogo inglês que ficou amplamente conhecido pela sua teoria dos campos morfogenéticos (que tentam explicar porque motivo por exemplo a mesma função adaptiva surge simultâneamente em populações biológicas que não comunicam entre si); é também considerado o maior especialista da actualidade em telepatia, e conduz diversas experiências no campo dos fenómenos psíquicos não explicados em humanos e animais. No seu livro, "Dogs That Know When Their Owners Are Coming Home", Rupert expõe algumas das conclusões às quais chegou depois de estudar amplamente diversos fenómenos presentes em animais de estimação - essencialmente em cães (apesar de ter já verificado o mesmo tipo de comportamento em gatos, cavalos e até papagaios). Qualquer um de nós que possui ou já possuiu um animal de companhia, poderá comprovar isso mesmo - ao longo do tempo e devido à convivência, desenvolve-se uma forte ligação mental entre animal e dono.
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| Pamela e Jaytee |
Um caso amplamente descrito no livro é o do terrier Jaytee, adoptado por Pamela Smart em 1989. Pamela vivia num apartamento do rés-do-chão algures em Manchester, paredes meias com o apartamento dos seus pais. Durante o dia, Pamela trabalhava num escritório e deixava o cão com os pais. Estes começaram a notar que Jaytee por volta das 16.30h, parecia pressentir que Pamela deixava o trabalho em direcção a casa e pemanecia os cerca de 45 mn que duravam a sua viagem de regresso expectante junto à janela que dava para a rua. Uma vez que o horário de Pamela era quase uma rotina, os pais depreenderam que o cão se tinha habituado a essa mesma rotina. Em 1993 Pamela foi despedida e permaneceu desempregada por bastante tempo. Durante esse período as suas saídas deixaram de ter um horário estipulado, nem os próprios pais de Pamela sabiam de antemão a hora do seu regresso, mas Jaytee manteve a sua linha correcta de previsão. Nessa altura Pamela contactou Sheldrake, que montou uma câmara de vídeo em casa dos pais de Pamela. Cerca de 100 gravações de Jaytee foram analisadas e o seu comportamento visto ao pormenor. Eventuais indícios que o cão pudesse captar na conversa ou nos sinais corporais dos pais de Pamela foram postos de parte, uma vez que estes desconheciam o horário estipulado para cada observação. O barulho do carro de Pamela também foi descartado - durante o período das experiências Pamela viajou de autocarro, comboio, taxi ou à boleia com amigos. Independentemente de todas estas variantes, Jaytee continuou a esperar Pamela junto à janela habitual, antecipando sempre o seu regresso com pelo menos 10 mn de antecedência. Pamela fez sempre viagens compreendidas entre os 7 e os 22 km de distância de sua casa, tanto durante o dia como durante a noite. Em 50 destas vezes, Jaytee foi deixado em casa sozinho. Apartir de todas estas observações, concluíu-se que Jaytee ia à janela alietóriamente, por curiosidade porque passou um gato etc em 4% das ocasiões; durante o período de pré-retorno de Pamela em 48% das vezes e 78% durante o trajecto de regresso desta. Em algumas ocasiões Jaytee não se apercebeu do regresso de Pamela - ou porque estava cansado depois de um longo passeio, ou porque se encontrava doente, até por distração devido à existência de uma cadela com cio num apartamento próximo. Logo várias hipóteses foram sugeridos pelos mais cépticos, desde a rotina, pressentir o automóvel, observar e captar indícios apartir das atitudes dos pais, a ida à janela simplesmente porque Pamela não estava - mas definitivamente não podemos descartar a hipótese de telepatia.
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